AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Justiça mantém preso Ney Mentira, sobrinho do ex-senador Telmário Mota

Sobrinho do político é apontado como responsável pela logística e planejamento do assassinato da mãe da filha de 18 anos do ex-senador

Ney Mentira, sobrinho do ex-senador Telmário Mota, em entrevista à imprensa após ser entregar à polícia (Foto: Marília Mesquita/FolhaBV)
Ney Mentira, sobrinho do ex-senador Telmário Mota, em entrevista à imprensa após ser entregar à polícia (Foto: Marília Mesquita/FolhaBV)

A Justiça de Roraima determinou na manhã desta quinta-feira (9), durante audiência de custódia, a manutenção da prisão temporária de Harrison Nei Correa Mota, o Ney Mentira. O sobrinho do ex-senador Telmário Mota é apontado como responsável pela logística e planejamento do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos – mãe da filha de 18 anos do político que acusou Telmário de estupro às vésperas das eleições de 2022.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO CASO

A decisão, que também enviou o caso para o juízo de origem, já era esperada pela defesa do suspeito. Ney Mentira se entregou à Polícia Civil de Roraima na noite de quarta-feira (8) após ficar oito dias foragido. Ele era o único suspeito de envolvimento com o crime que estava com mandado de prisão pendente.

Em entrevista à imprensa no Distrito de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), ele negou todas as acusações de envolvimento com o crime, disse que não teve contato com o tio e explicou que demorou a se entregar porque não tinha advogado e, portanto, ficou escondido “no meio do mato”.

Sobre a motocicleta usada no dia do crime, ele informou que foi comprada por R$ 4 mil a pedido da assessora de Telmário, Cleidiane Gomes da Costa, e que ela teria informado que o veículo iria para o interior de Roraima. “Eu já fiz várias coisas erradas, estou pagando e já paguei, não é por isso que vou continuar sendo errado. Eu estava trabalhando na Secretaria do Índio, eu não devo nada”, disse.

Também estão presos por envolvimento no homicídio: Telmário Mota, apontado como o mandante do crime; e Leandro Luz da Conceição, o suspeito de efetuar o disparo que matou Antônia. Cleidiane Gomes da Costa cumpre medidas cautelares com tornozeleira eletrônica.