Nesta terça-feira, 20, a Câmara Criminal rejeitou por unanimidade o recurso em sentido estrito da defesa do ex-policial militar Felipe Quadros, acusado de triplo homicídio. O crime foi cometido no dia 09 de novembro de 2015 e chocou a sociedade roraimense, pela forma premeditada como foi executado.
No pedido, a defesa do ex-PM pediu para que fossem excluídas do processo as qualificadoras de “meio cruel” e “recurso que dificultou a defesa da vítima”. O referido processo foi distribuído há menos de um mês e se encontra pronto para julgamento.
A relatoria foi do desembargador Leonardo Cupello e a análise pela Câmara Criminal. Lembrando que o réu ainda vai ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.
ENTENDA O CASO
Felipe Gabriel Quadros havia ingressado na Polícia Militar de Roraima em fevereiro de 2014 e até então, não tinha histórico de agressão. Era lotado na Companhia Independente de Policiamento de Guarda e atuava na segurança da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc).
Na manhã do dia 09 de novembro de 2015, o soldado assassinou, a tiros, a jovem Jannyele Filgueiras, seu pai, Eliésio Filgueiras, e o proprietário de uma locadora de veículos, Ernani Brito, além de ferir uma quarta pessoa.
Os crimes ocorreram, respectivamente, nos bairros Pricumã e Caimbé, localizados na zona Oeste da Capital. O soldado não tinha porte de armas e depois de cumprir seu plantão na noite de domingo, do dia 08, ele deveria ter devolvido a arma da corporação, o que não ocorreu, segundo informou a PM. Ele se entregou a polícia 12 horas depois do crime.
No dia 29 de janeiro deste ano, o comando-Geral da PM assinou a portaria que excluiu Felipe Quadros do quadro de servidores da corporação, por entender que o crime cometido por ele violou, de forma grave, os preceitos e valores que lhe foram repassados durante a sua formação.