A juíza estadual Lana Leitão Martins prorrogou por mais 30 dias a prisão preventiva do ex-senador Telmário Mota, preso em Goiânia pela suspeita de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. A vítima foi morta três dias antes de depor sobre a acusação da filha deles contra o político por estupro.
A decisão também vale para o sobrinho do ex-senador preso por supostamente planejar o crime, Ney Mentira, e para o acusado de efetuar o disparo que matou Antônia, Leandro Luz da Conceição. Cleidiane Gomes da Costa, assessora de Telmário Mota, segue com tornozeleira eletrônica como uma das medidas cautelares pela acusação de ajudar a monitorar a vítima.
Conforme apuração da Folha, os mandados contra os investigados presos em Boa Vista foram cumpridos na tarde desta quarta-feira (29), e a Unidade Prisional Especial Núcleo de
Custódia de Aparecida de Goiânia – região metropolitana de Goiânia -, onde está o ex-senador, foi comunicada.
Em 9 de novembro, a magistrada que conduz a investigação do caso na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e da Justiça Militar ordenou a transferência de Telmário Mota para Roraima e, portanto, a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) planeja realizar o recambiamento nos próximos dias.
No dia 14, o juiz estadual Thiago Russi Rodrigues, da Vara de Crimes contra Vulneráveis, determinou a prisão preventiva de Telmário Mota por suposto estupro contra a filha, ainda adolescente, às vésperas da eleição de 2022. A decisão foi considerada absurda pela defesa do político, que já negou as acusações, alegando perseguição política.