Polícia

Ladrão rouba moto e celular e vai preso horas depois

O ex-presidiário Everton da Silva Cabral, de 30 anos, não teve sorte no decorrer da última sexta-feira, 20. Apesar da inexperiência e do nervosismo, ele cometeu dois assaltos e acabou preso.
O primeiro roubo, segundo a estudante M. E. C. C. G., de 24 anos, ocorreu por volta das 16h30, na avenida Ataíde Teive, no bairro Liberdade, em frente a uma esmalteria.
Em depoimento ao delegado plantonista, Alberto Alencar, do Plantão de Polícia Genérico (PPG), da Polícia Civil, M. E. relatou que acabara de estacionar quando o desconhecido se aproximou e anunciou o assalto, apontando contra ela uma arma de fogo.
“Ele estava muito nervoso, disse que não era para eu olhar para ele senão me mataria. Então, ele pediu a chave e o capacete. Ele não estava nem conseguindo ligar a moto, quando jogou o boné no chão, deu partida e fugiu”, explicou a jovem.
Metros dali, ela pediu ajuda a um desconhecido que estava próximo. Ele, que também tinha uma arma na cintura, ainda efetuou um disparo contra o bandido, mas em vão. Em seguida, o caso foi registrado no 4º Distrito Policial (DP).
Usando a mesma motocicleta, por volta das 21h30, Everton abordou a também estudante M. S. S., 30, quando ela chegava em casa no Bairro dos Estados. “Ele gritava repetidas vezes para eu passar o celular e para eu não chamar a atenção de quem estava perto, falei bem alto que passaria, mas que ele precisava de calma. Como ele viu que algumas pessoas presenciavam a ação, ele ficou tão desesperado que não sabia se apontava a arma para mim ou se ligava a moto. Até que fugiu”, relatou M.
Exatos 25 minutos depois, no bairro Asa Branca, a equipe do Giro (Grupamento Independente Intervenção Rápida Ostensiva), comandada pelo cabo Mário Magalhães, deparou-se com a motocicleta e o suspeito, mais tarde identificado como sendo o ex-presidiário.
Ao perceber que havia sido descoberto, ele empreendeu fuga. O acompanhamento tático só terminou na rua Postal, no bairro Jóquei Clube, quando Everton resolveu se jogar no chão e entregar-se. Em seguida, ele foi levado à delegacia.
Ao delegado, ele assumiu a autoria dos assaltos e disse estar arrependido. Disse que antes havia ingerido sete doses de cachaça e que esteve preso durante três meses, enquadrado na Lei Maria da Penha. Após ser autuado por roubo duplamente qualificado, ele foi novamente encaminhado à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (Pamc) onde deve permanecer à disposição da Justiça.