Na manhã desta sexta-feira, por volta das 10h, um jovem, que não quis se identificar, procurou a Central de Flagrantes do 5º Distrito Policial para fazer a liberação de sua bicicleta, que foi apreendida quando a Polícia Militar surpreendeu um usuário de drogas fazendo uso do veículo na sexta-feira da semana passada, dia 1º.
Na quarta-feira, 06, o proprietário do transporte se dirigiu à delegacia para fazer o reconhecimento da bicicleta e conferiu que era seu veículo, no entanto, pediram que ele retornasse no dia seguinte munido com a nota fiscal e com a pessoa responsável pela compra do produto na loja e que tem o nome registrado na nota.
Quando retornou na quinta-feira, 07, descobriu que a bicicleta havia desaparecido do estacionamento de veículos apreendidos. “Eu até pensei em desistir de correr atrás e comprar uma nova bicicleta, mas os policiais pediram que eu não fizesse isso e registrasse um Boletim de Ocorrência, porque essas coisas não podem acontecer dentro de um DP”, destacou.
Após o registro da ocorrência, a Polícia Civil informou que vai investigar o caso. Questionada sobre as câmeras de segurança, afirmou que há somente uma câmera apontada para o pátio, mas está direcionada somente para uma parte do estacionamento. Câmeras instaladas em direção às celas também registram parte do lugar.
“Eu acredito que alguém esteja facilitando. Para ter uma ideia, tem um veículo modelo Toyota Corolla que já foi completamente depenado e ninguém faz nada e nem diz nada. Isso é um caso sério”, relatou um policial.
Outro agente contou que o estacionamento deveria ser usado por servidores, mas está servindo como lugar para guardar materiais. “É uma desorganização total, é um ‘mar’ de motos, carros e bicicletas. E todos os dias chegam mais. Não tem onde colocar e, se não bastasse, agora há casos de furtos”, frisou.
O jovem disse que não suspeitou de nenhuma atitude quando emprestou a bicicleta, mas não imaginava que o amigo transportava drogas. “Eu emprestei a bicicleta porque ele é meu amigo e eu não sabia que ele usava drogas, porque já tinha emprestado outras vezes e não tive nenhum problema. Só descobri que a bicicleta foi parar na delegacia quando ele mesmo chegou à minha casa e disse que a polícia havia levado”, explicou a vítima. (J.B)
