Polícia

Lideres de rebeliões no Amazonas serão transferidos para presídios federais

Os motins ocorridos no dia 01º resultaram na morte de 56 presos. A vigilância foi reforçada na fronteira com Roraima, após fuga em massa

Em visita ao Amazonas na noite de ontem, 02, o ministro da Justiça e Cidadania (MJC), Alexandre de Moraes, anunciou que as lideranças das rebeliões ocorridas em Manaus serão transferidos para presídios federais nas próximas semanas. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa, que contou com a presença do governador José Melo. O número de detentos e as unidades que devem recebê-los ainda não foram divulgados.

Moraes viajou para Manaus, a fim de se reunir com o governador do estado e oferecer auxílio. Outra medida anunciada pelo ministro foi o apoio ao Instituto Médico Legal (IML) para agilizar a identificação dos corpos das vítimas da chacina. As impressões digitais já foram coletadas e foi feito também um levantamento de imagens dos corpos para acelerar o processo de identificação.

Considerado o pior desastre penitenciário desde o massacre do Carandirú, em 1992, a rebelião nas unidades prisionais do Amazonas teve início na tarde do domingo, 01º, atingindo principalmente o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). Os motins resultaram em pelo menos 56 mortos e 184 presos foragidos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (Sesp-AM), até o fim da noite de ontem, 48 detentos já haviam sido recapturados. A secretaria montou barreiras em diversas áreas das cidades, nas rodovias estaduais e na BR-174. O governo amazonense anunciou que intensificará as revistas periódicas e reforçará a presença da Polícia Militar nas unidades penitenciárias.

O estado de Roraima também está em alerta por conta da fuga em massa de presos do Amazonas. Ainda na manhã de ontem, 02, a Secretaria de Segurança Pública roraimense (Sesp-RR) anunciou que também fará intensificação da segurança na fronteira Sul, com a realização de fiscalização em veículos. O mesmo anuncio também foi feito pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc-RR).

Com informações da Agência Brasil e Governo de Roraima