A mãe de Débora dos Santos Bezerra, de 17 anos e encontrada morta em uma vicinal de Rorainópolis, pede justiça pela morte da filha e prisão do suspeito, o policial militar A.S.L. Graciane Silva afirmou que a jovem havia solicitado medida protetiva meses antes do crime.
À FolhaBV, Graciane relatou que, há cerca de 2 meses e meio, soube do envolvimento da filha com o policial militar após a esposa dele agredir Débora em uma conveniência. Na ocasião, a adolescente teria registrado um boletim de ocorrência e solicitado a medida protetiva. A adolescente também recebia ameaças dele.
“A esposa dele bateu na minha filha em uma conveniência, inclusive tinha alguns policiais no dia. Omitiram socorro, ninguém fez nada. […] Foi entrado com o pedido de afastamento, medida protetiva, se eu não estou enganado foi o mês de fevereiro, e nada disso foi cumprido pela Justiça”, afirmou Graciane.
A Polícia Civil, que investiga o caso, confirmou que Débora e A.S.L. teriam um relacionamento amoroso. Um dia depois, ao ver seu nome em grupos de WhatsApp, o policial e principal suspeito se apresentou à polícia, prestou depoimento e foi liberado.
“Ela não tinha inimigo aqui em Rorainópolis, era uma muito querida. O funeral dela deu quilômetros de carro. Desde do dia do acontecimento, foram várias mensagens de apoio. Foi uma uma injustiça muito grande que foi feita e para mim, como mãe, estar vendo ele solto, tanto ele quanto ela… A justiça está com os olhos fechados”, disse a mãe de Débora.
De acordo com a mãe, uma amiga de Débora teria dito que, na noite do dia 3, a adolescente recebeu uma mensagem do suspeito por volta das 23h. Na manhã do dia seguinte foi encontrada morta. Débora dos Santos Bezerra deixou um filho de 2 anos.
Manifestação
A família, amigos e conhecidos de Débora irão realizar manifestações no decorrer da semana no município de Rorainópolis para cobrar a prisão dos suspeitos. A advogada da família está acompanhando o caso e afirmou que todas as provas que colocam o PM no local do crime já estão com a polícia.
