Polícia

Mais duas pessoas estão envolvidas no assassinato de advogado

Os delegados da Homicídios e Entorpecentes informaram que a Polícia tenta prender uma adolescente e um adulto, que são acusados de terem participação no assassinato

A Polícia Civil ainda está em diligência para prender um homem e apreender uma adolescente por serem suspeitos de ter envolvimento no assassinato do advogado Adilson Stulp, ocorrido no último sábado, quando foi encontrado morto dentro do porta-malas do próprio carro, no bairro Cauamé.
Conforme a delegada geral de Homicídios (DGH), Mirian Di Manso, a adolescente de 17 anos é suspeita de ser a mentora do crime e foi auxiliada por outro adolescente, também de 17 anos, que já foi apreendido, e um adulto de 22 anos. Os policiais tentam cumprir os mandados de prisão e apreensão.
Para chegar aos suspeitos, a delegada explicou que contou com o apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), uma vez que recebeu informações de que os acusados do crime teriam envolvimento com o tráfico de drogas.
Segundo o delegado da DRE, João Evangelista, depois de ser acionado pela DGH, os policiais chegaram ao adolescente que já é alvo de investigações da Entorpecentes. Ele explicou que nas primeiras horas de segunda-feira (9) a Polícia obteve o endereço do acusado.
O adolescente estava em casa e na companhia da mãe e de uma tia quando a Polícia chegou à residência dele, no mesmo bairro onde o advogado foi encontrado morto. Conforme o delegado, ele não esboçou nenhuma reação e confessou o crime. 
Ao fazer uma busca no local, a Polícia encontrou objetos que pertenciam à vítima como relógio, óculos, máquina fotográfica, uma carteira porta cédula, além da chave do veiculo. Além disso, restos de uma bermuda que havia sido queimada. 
Segundo os delegados, o adolescente contou que a suspeita de ser a mentora do crime tinha envolvimento com a vítima e foi quem o convidou para fazer parte da ação criminosa, na noite de sexta-feira (6).
“Tanto ela como o rapaz que estava com ela, estariam interessados em alguém que pudesse conduzir o veículo. O adolescente concordou em ser chamado para ir até o endereço que eles forneceriam apenas para conduzir o veículo. E que isso aconteceu por volta das 4horas da manhã”, explicou a delegada Mirian.
A versão do adolescente é de que não teve participação direta no assassinato e que quando chegou na residência do advogado o carro já estava pronto para ser conduzido. “Ele nega a efetiva prática do homicídio, mas entrou em contradição quando explicou que estava com a bermuda com sangue porque o adulto teria pedido para trocar com ele a roupa. Mas obviamente essa versão é praticamente impossível, inverídica. Nós acreditamos que participou efetivamente do crime”, comentou. 
Por fim, o acusado contou à Polícia que ao deixar a casa da vítima, rodou pela cidade, inclusive pela bola do Centro Cívico, aguardando um telefonema da adolescente e de seu parceiro para informar o local onde deveria deixar o veículo
“Mas retornou para onde abandonou o veículo, pois não recebeu essa ligação indicando onde deveria levar o carro e também porque já estava assustado porque o dia já tinha amanhecido. Ele apenas levou alguns objetos do carro e abandonou o veículo e foi embora a pé. Ele mora próximo ao local onde o carro foi abandonado”, finalizou a delegada da DGH.