Polícia

Mandados de busca e apreensão são cumpridos na Sesau

Atual gestão da Sesau ressalta que irregularidades investigadas são de período anterior

Durante o decorrer da Operação Godfather, a juíza Luzia Farias, da 4ª Vara da Justiça Federal, também expediu 15 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos foi a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

A Polícia Federal em Roraima (PF-RR) não divulgou o conteúdo do que foi apreendido no cumprimento do mandado de busca e apreensão. Porém, em vídeos divulgados pela própria instituição sobre a operação, é possível observar agentes realizando levantamento de documentos de processos licitatórios da empresa Andolini.

Os agentes da Polícia Federal em Roraima também são vistos saindo das dependências da Sesau com duas sacolas com documentos referentes à empresa investigada.

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em locais ligados à uma auditora fiscal que já tinha sido presa em outra operação, da Secretaria de Fazenda (Sefaz), que teria recebido vantagens indevidas, segundo a PF, e movimentado mais de R$ 5 milhões entre 2017 e 2019, valores incompatíveis com seu salário de servidora pública; e mais dois empresários ligados à empresa investigada. Uma das empresas, segundo a PF, não tem funcionários registrados nem alvará da Prefeitura de Boa Vista e tem endereço de fachada, sendo investigada por lavagem de dinheiro. O dono da empresa teria colocado o filho menor como sócio e, para a polícia, usava o menino como laranja no esquema. Além da Sesau, a busca e apreensão também ocorreu nos ambientes da empresa investigada e das empresas ligadas.

Sesau alega que investigação é voltada à gestão passada

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) ressaltou que a atual gestão não é alvo das ações da operação denominada “Godfather”, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, dia 19, em Boa Vista.

“Como foi informado, em nota, pela assessoria de imprensa da PF, os mandados judiciais em curso têm como alvo as irregularidades que eram cometidas contra a pasta no período de agosto de 2017 até abril de 2019, ou seja, antes da gestão da secretária de Saúde, Cecília Lorenzom”, afirma a assessoria de comunicação da pasta.

A nota ressalta ainda que a gestão realizou auditorias em vários contratos de prestação de serviços, entre eles os que estavam relacionados à oferta de alimentação para as unidades hospitalares do Estado. 

“Esse tipo de ação visou não só ajustar o orçamento da secretaria, mas também identificar irregularidades que por ventura estariam acontecendo e que não foram sanadas pelas gestões anteriores. A Sesau vê com bons olhos o trabalho que está sendo realizado pelos investigadores da PF, pois revalida os conceitos de transparência e responsabilidade que pautam as ações da atual gestão da secretaria”, finalizou a nota.