Polícia

Mecânico é morto em tentativa de assalto

Dupla de motoqueiros tomou a moto da vítima e, como um deles não conseguiu ligar a moto roubada, disparou um tiro no peito do mecânico

Uma tentativa de assalto, ocorrida pouco depois das 23h de sábado, culminou em tragédia. O ex-agente penitenciário, que atualmente trabalhava como mecânico, Carlos de Almeida Cardoso, 58, conhecido como “Cardoso” ou “Negão”, foi assassinado a tiros. O crime ocorreu dentro da casa da namorada dele, localizada em uma estância na rua América Sarmento, no bairro Tancredo Neves, zona Oeste.
Segundo informações da ex-esposa da vítima, que aguardava, na manhã de ontem, a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML), a professora M. F. C. S., 48, Cardoso estava chegando à estância de moto, acompanhado da atual namorada, que é sobrinha da ex-mulher da vítima.
Assim que pararam em frente ao quarto, o casal presenciou uma dupla de motoqueiros passar sentido bairro e, segundos depois, a dupla voltou e anunciou o assalto. Sem reagir, Cardoso obedeceu à ordem e entregou a chave da motocicleta.
O assassino que vinha na garupa, o mais alto, vestindo camisa listrada e armado, mandou o casal entrar, fechar a porta e não olhar para trás. Como teve dificuldade para ligar o veículo, o bandido não pensou duas vezes e disparou duas vezes, à queima roupa, contra Cardoso, que estava tentando fechar a porta.
A dupla fugiu sentido Centro sem levar o veículo. A namorada dele, conhecidos e vizinhos, entraram em desespero e acionaram a Polícia Militar, que depois entrou em contato com a Polícia Civil.
O corpo ficou estirado na porta da casa, banhado de sangue, até a liberação dos peritos. Em seguida, foi removido ao IML. Ontem, pela manhã, foi liberado aos familiares para sepultamento, que deve ocorrer hoje.
Segundo a ex-esposa, que foi casada com ele durante 17 anos e que estava separada há 12 anos, Cardoso deixou órfão cinco filhos, três deles maiores e o restante menor de idade. Apesar de ter trabalhado vários anos como agente penitenciário, ela disse que a vítima não tinha desafetos. O caso está sendo investigado pela delegacia especializada.