No fim da tarde do sábado, 14, mais um caso de estupro foi desvendado em Boa Vista, ocasião em que uma adolescente de 14 anos denunciou que no período dos 8 aos 12 anos foi estuprada pelo padrasto de seu padrasto e decidiu contar os fatos para o representante legal que a criou desde os três meses e para a pastora da igreja que frequenta, no bairro Bela Vista, encorajada por uma palestra que assistiu na escola sobre abuso sexual de crianças e adolescentes. A família mora no bairro Nova Cidade.
Quem a acompanhou até a Unidade Policial foi seu padrasto depois de se sensibilizar com a história contada, apesar de afirmar que não acreditava que o senhor que o criou teria estuprado a menina que deveria ter como neta.
A vítima relata que o suspeito passava a mão em suas partes íntimas e por todo seu corpo, mas que só praticou o ato sexual quando ela já tinha 8 anos completos e durante quatro anos passou a ser violentada constantemente, recebendo em troca bombons e dinheiro. Quando se negava a fazer a vontade sexual do indivíduo, recebia ameaças de morte e que seu padrasto e sua mãe também seriam mortos.
Conforme a adolescente, a mãe nunca percebeu nada de estranho em relação ao sujeito, mas ela contou já tinha relatado os fatos para o padrasto, que não acreditou. Mas ao relatar para a pastora e há uma semana novamente para o padrasto, decidiram registrar o Boletim de Ocorrência (B.O). O último crime praticado pelo suspeito foi no dia 15 de outubro de 2017 e os abusos só pararam porque o autor dos crimes precisou se mudar um sítio no interior.
Uma vez por mês o suspeito vem a Boa Vista e fica na residência do enteado, onde a vítima também mora e sempre investe contra ela, mas não teria mais conseguido efetivar a ação criminosa. A mãe da vítima não sabe dos estupros porque está viajando. O caso será encaminhado para o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NPCA) que fará a investigação, a fim de apurar os fatos e prender o sujeito. (J.B)