Nesse sábado, dia 11, um militar do Exército ficou gravemente ferido durante um confronto provocado por garimpeiros. O fato ocorreu durante uma operação que a 1ª Brigada de Infantaria de Selva vem realizando na faixa de fronteira do Estado de Roraima, objetivando a defesa do território nacional, bem como a repressão aos crimes transfronteiriços e ambientais, entre estes, o garimpo ilegal em terra indígena.
Mas na noite do sábado foram avistadas pela tropa do Exército Brasileiro três embarcações subindo o rio Uraricoera, na Terra Indígena Yanomami. Como as embarcações não pararam no posto de verificação mobiliado pela tropa, duas embarcações militares seguiram até as embarcações civis para realizar a verificação e controle das mesmas.
Na abordagem, foram identificados garimpeiros, os quais aceleraram seus botes, ocasionando de maneira intencional o choque entre barcos. Além do choque, os garimpeiros que tripulavam as embarcações utilizaram-se de varas de madeira, normalmente usadas para o controle da ancoragem e verificação da profundidade na navegação, para atingir os militares que faziam a abordagem.
Em decorrência do choque intencional das embarcações e das agressões implementadas pelos garimpeiros, dois militares do Exército foram feridos. Um Soldado teve o rosto atingido, vindo a cair na água, e um Cabo sofreu uma grave perfuração e diversos cortes nas costas, fruto do contato direto com a hélice do motor de popa dos garimpeiros.
Os dois militares foram medicados emergencialmente ainda na base, sendo transportados de helicóptero para Boa Vista. Eles encontram-se agora sob cuidados médicos na Capital. O militar com sérias perfurações nas costas passou por uma cirurgia e permanece estável, internado em hospital local.
O Comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva considerou a situação extremamente grave, tendo determinado a instauração de Inquérito Policial Militar (IPM) visando apurar a responsabilidade criminal dos garimpeiros envolvidos no ato de agressão aos militares em serviço, bem como a realização de operações na região para identificação e captura dos criminosos.
“O Exército Brasileiro, cumprindo seu papel constitucional e o que determinam as leis em vigor, permanecerá atuando na defesa da pátria e contra crimes transfronteiriços e ambientais”, destacou a nota da Instituição.
Os militares não insistiram na prisão dos garimpeiros porque precisaram dar suporte aos feridos que tiveram que voltar para o Posto de Fiscalização. (J.B)