Por volta das 2h30 da madrugada dessa terça-feira, 27, o morador de rua de origem venezuelana, Alexander Jose Hernandez, de 51 anos, foi morto a pauladas na avenida Ataíde Teive, na altura do bairro Asa Branca. A vítima não conseguiu reagir e nem pedir ajuda. Suspeita-se que mais de uma pessoa agiu para execução do homicídio.
A motivação do crime ainda está sendo investigada pela Polícia Civil e ainda não há suspeitos, considerando que câmeras de segurança não flagraram a ação criminosa, apesar de muitas lojas ao longo da avenida serem equipadas com câmeras, inclusive algumas com infravermelho, para gravar com nitidez em locais pouco iluminados.
A Polícia levantou algumas hipóteses, como a possibilidade da vítima ter sido abordada enquanto dormia e espancada com pauladas na cabeça até a morte ou que o homem tenha sido vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte). Vizinhos relataram que Alexander já era conhecido porque há algum tempo dormia em frente à loja onde foi morto, inclusive, à meia noite ainda foi visto caminhando pelo local.
A vizinhança relatou também que por volta das 2h30 ouviu-se um estouro na rua, mas apenas olharam de longe e não perceberam qualquer movimentação estranha, mas quando passava das 3h, populares que iam passando pela avenida, viram o homem com a cabeça destruída e muito sangue na calçada.
Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) para atender a ocorrência e quando chegou ao local isolou a área, uma vez que a vítima não tinha sinais vitais. Socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegaram ao endereço e realizaram os procedimentos para confirmar o óbito.
A Perícia Criminal e agentes da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) estiveram no local para proceder com as investigações e com uma análise técnica das condições do cadáver. Ao fim do trabalho, a equipe do Instituto de Medicina Legal (IML) fez a remoção do corpo para ser examinado.
Junto com os pertences da vítima foi encontrada uma carteira de trabalho com seu nome e um cartão que possivelmente seja um vale alimentação no nome de Valderrama Mallivi Blindorsa, válido apenas na Venezuela. Peritos papiloscopistas confirmaram a identidade da vítima. Até o fim da tarde de ontem, o corpo ainda não tinha sido liberado porque nenhum familiar compareceu para realizar o trâmite legal.
OUTRO CASO – Um caso com o mesmo requinte de crueldade e com ação criminosa parecida aconteceu no dia 13 de julho, por volta das 5h25, numa parada de ônibus que fica às margens da avenida São Sebastião, bairro Santa Tereza, próximo ao abrigo da Operação Acolhida. A vítima foi reconhecida como o venezuelano Carlos Alfredo Velasquez, de 28 anos. A Polícia Militar foi acionada por um popular e quando chegou ao endereço viu que a vítima estava deitada, como se estivesse repousando em cima do banco que fica dentro da referida parada de ônibus. (J.B)