Polícia

Morador de rua é assassinado com cabeça esmagada a pedrada

Morador de rua teria negado um cigarro ao um catador de latinha, que foi preso horas depois pela polícia com vestígios de sangue na roupa

O morador de rua Flávio Neves da Silva, de 37 anos,  foi assassinado a pedradas, na madrugada de ontem, na praça Germano Augusto Sampaio, no bairro Pintolândia, zona Oeste. A maioria dos golpes pegou na cabeça da vítima, que perdeu massa encefálica.
Horas depois, a polícia conseguiu prender o principal suspeito do homicídio, Walter Feitosa do Nascimento, de 31 anos, apelidado de “Cabeção”. O motivo do crime foi banal. Flávio, segundo a polícia, teria se negado a dar cigarro a “Cabeção”, por isso os dois discutiram.
A confusão teria iniciado em um posto de combustível nas imediações da praça, onde os dois catavam latinhas. Após a discussão, Flávio seguiu rumo à praça. Minutos depois, “Cabeção” foi atrás e testemunhas informaram à polícia que depois populares encontraram a vítima com a cabeça já esmagada.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Migliorin, relatou que a vítima e o suspeito foram vistos por testemunhas às 4h de ontem em um posto de gasolina. Já às 6h, “Cabeção” voltou sozinho ao posto e depois caminhou pelas proximidades da praça. Ao mesmo tempo, testemunhas localizaram o corpo junto à pedra que teria sido usada no crime.
Assim que foi preso, o catador de latinha admitiu ter cometido o homicídio, mas afirmou que foi ameaçado pela vítima. Depois, já depondo na delegacia, ele voltou atrás e negou ser o autor do crime. Na roupa dele ainda havia marcas de sangue.
Na tarde de ontem, na recepção do Instituto Médico Legal (IML), a zeladora Jaqueline de Souza Rodrigues, de 31 anos, ex-mulher de Flávio, lamentou o ocorrido e comentou que há três anos os dois se separaram. “Foi quando ele foi morar na rua, mas sempre ia em casa almoçar”, lembrou.
Segundo a zeladora, o ex-marido não era agressivo, mas largou a família porque entrou em depressão devido aos vícios que passou a ter. “Tive três filhos com ele, todos ainda crianças. Esperamos que quem fez isso pague”, cobrou Jaqueline, moradora do bairro Sílvio Botelho, zona Oeste.
O corpo da vítima passou pelo exame de necropsia, ontem à tarde, e foi entregue aos familiares para sepultamento. Ainda ontem à tarde, o suspeito foi conduzido à Central de Flagrantes I, no 5º. Distrito de Polícia, zona Sul, onde foi autuado por homicídio. Em seguida, foi levado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), zona rural, onde aguardará pronunciamento da Justiça. (AJ)