LUTO

Morte de major ocorre meses antes de ela ficar apta a tenente-coronel; saiba quem foi Jailma

Policial militar era reconhecida por ter comportamento excepcional desde 2009, quando alcançou oito anos sem qualquer punição disciplinar

Major da Polícia Militar de Roraima, Jailma Jácome, durante cerimônia de promoção a major em 2022 (Foto: Secom-RR)
Major da Polícia Militar de Roraima, Jailma Jácome, durante cerimônia de promoção a major em 2022 (Foto: Secom-RR)

A major da Polícia Militar de Roraima, Jailma Jácome, de 46 anos, morreu nessa terça-feira (4), em Nova Petrópolis (RS), vítima de um infarto fulminante. A morte ocorre apenas dois meses antes de ela se tornar apta para alcançar o posto de tenente-coronel.

Jailma Jácome Garcia nasceu no dia 19 de abril de 1978, em Fortaleza, e estava na PMRR desde 2001, quando ingressou na corporação como soldado de segunda classe. Durante a carreira militar, serviu em várias unidades do Comando de Policiamento da Capital (CPC) nas áreas operacional e administrativa, se notabilizando por ser dedicada e técnica. A oficial estava estava lotada no departamento financeiro do comando-geral da PMRR.

Ela se destacou por sua força e dedicação ao realizar todos os concursos e cursos internos da PM, se despontando entre muitos colegas de farda, e possuía várias medalhas de reconhecimento, incluindo a Forte São Joaquim, a maior comenda do Estado. Jailma Jácome tinha comportamento excepcional desde 19 de fevereiro de 2009, quando completou oito anos sem receber uma punição disciplinar sequer.

Em 25 de dezembro de 2016, chegou ao oficialato como segundo-tenente, se tornou primeiro-tenente em 21 de abril de 2018, e virou capitã em 21 de abril de 2020. O posto de major foi alcançado em 21 de abril de 2022. Sua aptidão para tenente-coronel estava prevista para agosto de 2024, quando ela completaria o interstício, e sua promoção poderia ser feita em abril de 2025.

A Folha apurou que ela vivia um momento pessoal muito feliz e dizia aos colegas mais próximos que sonhava em ir para a reserva remunerada. Em Nova Petrópolis, a militar desfrutava de uma licença-prêmio, um direito concedido ao servidor público por assiduidade, e organizava sua mudança para a cidade gaúcha após a aposentadoria. Ela deixa três filhos e o esposo.