Regimeire Carvalho de Sousa, de 43 anos, morreu por volta das 8h15 dessa segunda-feira, 11, após bater a moto num carro no cruzamento das ruas José Aleixo e Horácio Mardel Magalhães, no bairro Asa Branca.
Uma equipe da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito Urbano e Rural (Ciptur) foi chamada para atender o caso e assim que chegou ao local da ocorrência conversou com o motorista. Ele informou que seguia pela Rua Horácio Mardel Magalhães, enquanto a vítima transitava pela José Aleixo, sentido bairro/Centro e, de repente, Regimeire avançou a preferencial, sem que desse tempo de ele desviar ou frear. A placa de “Pare” está apontada para quem trafega pela Rua José Aleixo.
No momento do acidente, o forte impacto arremessou a vítima a alguns metros de distância. Ela bateu a cabeça e teve um traumatismo craniano com perda de massa encefálica. No asfalto ficaram as marcas da moto que foi arrastada pelo carro. O condutor envolvido na colisão permaneceu no local, prestou assistência à vítima e se submeteu ao teste de alcoolemia que deu resultado negativo para consumo de bebida alcoólica.
Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram ao cruzamento e encontraram Regimeire morta.
Os dois veículos estavam com a documentação em dia. O carro foi liberado para um amigo do motorista, enquanto a moto foi entregue para o irmão da vítima. A reportagem da Folha esteve no cruzamento e observou que o trânsito é intenso na região. A equipe conversou com Ronaldo Carvalho Sousa, que é irmão de Regimeire. Mesmo abalado, ele pediu providências para que o trânsito da cidade seja reorganizado, a fim de que haja redução no número de mortes.
“Aqui em Roraima, o trânsito é cruel. Hoje, a vítima foi minha irmã, que há pouco tempo perdeu a filha numa fatalidade, mas entrego tudo nas mãos de Deus e quero que os Poderes revejam as sinalizações, onde precisa de semáforo, de placas, porque muitas vezes nem as placas resolvem, devido ao fluxo e à quantidade de acidentes. A Avenida Ataíde Teive vive em reforma e o fluxo fica intenso nas outras vias, causando transtorno total. Nunca terminam essas obras, é uma demora, um absurdo”, desabafou Ronaldo Carvalho.
O OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com a administração municipal para saber que medidas seriam adotadas quanto à cobrança do irmão da vítima sobre sinalização de vias e o fim das obras da Avenida Ataíde Teive, mas não recebemos qualquer resposta até o começo da noite de ontem.
RECORRENTE – Apenas ontem, além do acidente fatal, outras duas colisões aconteceram no mesmo cruzamento. Em ambos os casos, as vítimas precisaram de atendimento médico e foram levadas para o hospital. (J.B.)