O Ministério Público de Roraima (MPRR) pediu a inclusão de Caio de Medeiros Porto na lista de foragidos da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Ele é suspeito de matar a tiros o casal de agricultores Jânio Bonfim de Souza e Flávia Guilarducci de Souza na vicinal do Surrão, no Município de Cantá, Norte do Estado. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorrido em abril teria sido motivado pela disputa por uma área equivalente a 167 campos de futebol.
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Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o suspeito teria supostamente fugido de avião ou se escondido na Guiana ou na Venezuela, países vizinhos do Brasil por Roraima. O órgão sugeriu a inclusão da decretação da prisão e da foto do foragido no sistema internacional de buscas.
No mesmo pedido, os promotores Joaquim Eduardo dos Santos e André Felipe Bagatin, do Gaeco, denunciaram o empresário, o capitão da Polícia Militar Helton John Silva de Souza (preso no Comando de Policiamento da Capital), Jhonny de Almeida Rodrigues (em liberdade) e Genivaldo Lopes Viana (em liberdade) pela suspeita de envolvimento com o caso. Eles solicitaram a manutenção da prisão preventiva do policial e uma ordem de prisão preventiva para Caio Porto.
Os promotores pediram para a 2ª Vara do Tribunal do Júri providenciar a atualização dos antecedentes criminais dos quatro suspeitos na Justiça estadual e nas polícias Civil (PC) e Federal (PF), além de medidas disciplinares pelo Comando-Geral da PM em relação a Helton John.
O MP também pediu o arquivamento da denúncia contra Luiz Lucas Raposo da Silva e Deivys Mundarain Vegas, funcionários de Caio Porto, por não constatar envolvimento com a autoria do crime, e ainda solicitou a revogação do mandado de prisão preventiva expedido para Vegas.
Outro pedido, no qual a dinâmica do crime é detalhada e definida como comprovada, o órgão ministerial aponta que Caio Porto e Helton John mataram o casal por meio de disparos de arma de fogo que dificultaram a defesa das vítimas. Por sua vez, segundo o MP, Johnny Rodrigues e Genival Lopes são apontados como participantes. Os quatro teriam agido de forma consciente, voluntária e dolosa, por motivo torpe, segundo o parecer.
“Uma vez autuada e recebida esta denúncia, sejam os denunciados citados para responderem à acusação, cumprindo todas as prescrições legais, prosseguindo-se até a pronúncia e consequente submissão dos denunciados ao julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri, perante o qual se espera que sejam condenados”, diz o MP, que ainda solicitou a oitiva de sete testemunhas e a fixação de valor mínimo para a reparação dos danos causados pelo crime.