Uma dona de casa de 34 anos foi esfaqueada dentro da residência onde estava morando com o companheiro, localizada no bairro Senador Hélio Campo, por volta das 19h da quarta-feira, 25. A motivação do crime seria o fato do homem desconfiar de que poderia estar sendo traído pela vítima. Depois de ferida, a mulher pediu ajuda de uma jovem que a levou até o 2° Batalhão da PM, no bairro Pintolândia.
Ela se apresentou com uma perfuração profunda no braço direito e informou que está em processo de separação com o autor do esfaqueamento.
“Eu estava em casa, dando janta para meu filho, e ele saiu de casa pela manhã, dizendo que iria trabalhar com um colega dele. Chegou à noite, bêbado, pegou o neném no colo, levou para a área. Eu fui jogar o restante da comida fora e quando eu estava voltando ele perguntou onde eu estava e se eu estava traindo ele, momento que disse que iria me matar”, destacou a mulher.
A vítima disse que entrou em casa para lavar a vasilha e apenas sentiu que ele enfiou a faca no seu braço. “Eu segurei o braço dele para não me esfaquear de novo, porque ele já estava levantando o braço para dar outro golpe, aí gritei por socorro. E saí correndo, chamando por uma moça que estava em casa, mas os familiares dela não quiseram se envolver”, complementou.
A vítima ainda informou que o agressor já vinha lhe fazendo ameaças de morte por causa de ciúmes. “Essa foi a primeira vez que ele fez isso comigo desse jeito, mas algumas vezes já brigamos, ele me agrediu, fui embora, fui convidada a fazer o Boletim de Ocorrência (B.O) e não fui. Mas dessa vez eu não tive como não vir. Eu vivi com ele praticamente três anos. Eu já estava morando em outro lugar há quase um ano. Saí da casa da mãe dele quando o meu filho iria fazer dois anos”, frisou.
A mulher ferida foi levada à Policlínica Cosme e Silva, no bairro Pintolândia, antes de ser acompanhada pelos policiais até o plantão central da Polícia Civil e justificou que só estava morando com o indivíduo porque está grávida de três meses e foi trazida para Boa Vista para fazer alguns exames específicos. “A gente se falava mais por telefone. Não vale mais a pena viver com ele. Vou seguir minha vida com meus filhos. Se ele tivesse acertado a faca em outro lugar, nessa hora eu poderia estar morta”, concluiu.
A guarnição da PM fez diligências no endereço fornecido pela vítima no intuito de localizar o suspeito e arma usada na tentativa de feminicídio, mas não obtiveram êxito. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil. (J.B)