Polícia

Mulher morre após ser amarrada e sofrer violência dentro de casa

Mulher de 32 anos foi encontrada com marcas de corte pelo corpo e com os braços e pescoço enrolados por um fio

A morte de T. M. T., 32 anos, por volta da 00h desta quarta-feira, 04, em uma residência no bairro Alvorada, zona Oeste, foi denunciada logo pela manhã do mesmo dia pelo filho da vítima, que disse se tratar de um crime praticado pelo companheiro da sua mãe. A mulher foi encontrada com marcas de corte pelo corpo e um fio que envolvia o pescoço e os braços. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu depois de dar entrada na Policlínica Cosme e Silva, no bairro Pintolândia.

Apesar de a morte ter sido declarada pelo médico somente às 00h, o filho da vítima conta que o fato ocorreu uma hora antes, às 23h. “Eu trabalhei o dia inteiro e, depois de jantar, deitei e na mesma hora senti um aperto no coração. Eu disse para a minha esposa que iria até a casa da minha mãe porque tinha alguma coisa errada”, disse.

Quando chegou à residência, o rapaz disse que encontrou a mãe com um fio enrolado no pescoço e nos pulsos, que estavam amarrados para trás, por essa razão ele acredita que ela tenha sofrido um homicídio. “Não tem como alguém se amarrar daquele jeito, pescoço e braços ao mesmo tempo. Ela estava dando os últimos suspiros, parecia que tinha acontecido de 10 a 15 minutos antes de eu chegar. Tirei o fio, a deitei na cama e chamei a polícia”, detalhou.

Uma viatura da Polícia Militar foi responsável por levar a vítima até o Pronto Socorro do Cosme e Silva, que fica no bairro Pintolândia, também na zona Oeste, mas pouco tempo depois de ser internada em estado grave a mulher morreu.

De acordo com o denunciante, o principal suspeito é o companheiro da vítima. “Ele vivia dizendo que a mataria. Minha mãe tem mais de R$ 100 mil para receber de indenização e ele estava de olho nesse dinheiro. Ele já tem passagem pela polícia, já foi intimado pelo juiz, mas ninguém encontra ele”, ressaltou.

O jovem e a esposa afirmaram que também sofriam ameaças constantes. “Por isso, eu e minha esposa saímos da casa da minha mãe. Ele vivia dizendo que iria matar a gente. Eu estou ameaçado porque, um dia desses, ele me falou que no dia que minha mãe morresse, me mataria”, enfatizou. Segundo ele, o suspeito diz ser garimpeiro, mas na verdade é traficante e deve contas ao tráfico, por essa razão também se esconde para não pagar as dívidas ou para não morrer.

Com a mãe do rapaz, o suspeito tem mais dois filhos. “Eu quero criar meus irmãos, que são duas crianças, incluindo um bebê de 01 ano e quatro meses. A moto da minha mãe ficou com ele, que desapareceu desde ontem à noite [dia do fato]. Sem ter a quem recorrer, vim até a delegacia”, frisou.

Ele disse também que a mãe aparecia com ferimentos no corpo, que pareciam os cortes de faca, mas ela dizia terem sido causados pela sogra, mas o filho não acredita na versão e especula que a vítima escondia os maus-tratos praticados pelo companheiro.

Conforme o Relatório de Ocorrência Policial (ROP), no dia 02, segunda-feira, a mulher teria tentado o suicídio e foi atendida por uma guarnição da Polícia Militar. Depois que o atestado de óbito foi emitido pelo médico, o corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), e na manhã de ontem, 04, após reconhecimento, foi liberado à família para funeral e sepultamento.

O filho da vítima salientou que procuraria a Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), que deverá investigar o caso para saber as reais circunstâncias da morte e, caso seja um homicídio, descobrir o verdadeiro autor do crime. (J.B)