Polícia

Mulher registra boletim de ocorrência contra vereador por agressão

Namorada do vereador Ruan Kenoby acusa o vereador de agredí-la em um carro durante meia hora

Em boletim de ocorrência registrado no Plantão Central da Polícia Civil, a esposa do vereador Wan Kenobby Costa, cujo nome parlamentar é Ruan Kenobby, de 31 anos, o acusa de tê-la agredido dentro de um carro, por volta das 19h30 desta sexta-feira (1).

A ocorrência foi registrada na madrugada este sábado, 2. No documento, a secretária de 23 anos, acadêmica de Direito, relata que ela foi agredida durante aproximadamente meia hora, dentro de um carro, no trajeto do bairro Aparecida até o Centenário. No entanto, depois ela retornou à delegacia horas depois e apresentou outra versão sobre o ocorrido. 

A ocorrência foi atendida pelo delegado Marcus Albano. No boletim, a situação foi descrita como lesão corporal dolosa, com base no artigo 129 do Código Penal Brasileiro (CPB): “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem”, classificando o ato como violência contra mulher, com pena prevista de um a quatro anos de detenção. 

Nas redes sociais, circula uma imagem que mostra um olho inchado que seria da denunciante, no entanto, a autenticidade da foto ainda não foi confirmada por envolvidos. 

Versão 1

Na primeira versão apresentada pela vítima, ela relata que o casal estava em um bar no bairro Aparecida quando ela quis ir pra casa. O pai do vereador teria disponibilizado um motorista para deixá-la em casa, mas o vereador teria dito que ele mesmo a levaria. 

Ela relatou que ele passou o caminho a agredindo verbalmente com socos, tapas e com xingamentos. Que quando o carro parou em um semáforo na avenida Bandeirantes, no bairro Pricumã, ela saltou do carro e se abrigou em um estabelecimento para aguardar um amigo que iria socorrê-la.

este momento, segundo BO, ela afirmou que era a terceira vez que era agredida fisicamente por ele, que não desejava mais manter o relacionamento e que desejava uma medida protetiva de urgência. 

Versão 2 

Mais tarde, por volta das 3h20, a denunciante voltou à delegacia e disse que gostaria de retificar a versão dada anteriormente. 

Neste segundo depoimento, ela contou que havia saído do bar onde eles estavam para ir até uma farmácia e quando voltou, ficou enciumada por ter visto o vereador próximo a uma mulher. Ele teria argumentado que era uma eleitora, o que não teria sido suficiente para acalmar os ânimos dela. 

O relato é que ela quis voltar para casa e estava bastante irritada, e no trajeto, teria desferido um tapa no vereador. Ao chegar no semáforo da avenida Bandeirantes, no bairro Pricumã, ela teria puxado o volante, e para se defender, o vereador teria a empurrado, o que teria causado uma lesão no rosto dela.

Procurado pela FolhaBV, o vereador disse que a segunda versão é a verdadeira. A Redação também solicitou informações da Polícia Civil sobre a investigação do caso, que informou que  o requerimento de Medida Protetiva de Urgência foi encaminhado à Justiça, é que o caso será encaminhado à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

*Esta reportagem foi atualizada às 16h, depois que a equipe teve acesso à segunda versão da denunciante.