Uma equipe de profissionais de saúde acionou agentes de segurança que, após uma rápida perícia em local onde ocorreu um crime, esclareceram que a morte do militar aposentado Lucas Castro de Melo, 79 anos, não era suicídio como o neto dele L. M. C. M., de 21 anos, quis que a polícia acreditasse. O jovem foi preso em flagrante logo após o crime, suspeito do homicídio do avô.
Participaram da ocorrência peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil e agentes do SIOP (Seção de Investigação e Operação) da DGH (Delegacia Geral de Homicídios).
O crime ocorreu por volta das 21h de quinta-feira (26), no bairro 13 de Setembro. Inicialmente a Polícia Militar foi acionada via CIOPS (Centro Integrado de Operações de Segurança) para atender uma ocorrência de suicídio, supostamente cometida pelo aposentado Lucas Castro de Melo.
De acordo com informações prestadas pelo delegado titular da DGH, Leonardo Barroncas, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) já havia sido acionado e constatou a morte do idoso. Mas, os profissionais de saúde desconfiaram do suposto suicídio, pois a vítima, com idade avançada tinha Alzheimer, limitações motoras entre outras enfermidades, o que também chamou atenção dos policiais que imediatamente acionaram as equipes do Instituto de Criminalística e do IML (Instituto de Medicina e Legal).
“Na casa quem cuidava do idoso era o neto dele, que havia sido contratado pela filha do policial militar aposentado para cuidar dele há uns dez dias, e receberia pelo trabalho a quantia de R$ 300,00”, disse o delegado.
Conforme Barroncas, os peritos criminais, após realizarem os trabalhos no local do crime afirmaram, de forma preliminar, descartaram a possibilidade de suicídio, pois a dinâmica do ocorrido era incompatível com essa versão.
Ainda segundo o delegado, o jovem estava com o avô no quarto, quando chamou a tia, alegando que encontrou o idoso enforcado em uma corda que estava em um armador de rede, que ficava no quarto.
“Familiares da vítima afirmam que ele era doente, não tinha forças para se locomover, além de problemas de esquecimento. Isso demostra claramente que a vítima não teria forças suficiente para cometer o suicídio e que o idoso foi estrangulado. O principal suspeito para a Polícia é o neto e, a hipótese é de que ele usou a justificativa de que o avô teria tirado a própria vida, para se livrar do crime”, declarou o delegado.
O delegado Leonardo Barroncas lavrou um APF (Auto de Prisão em Flagrante) contra L. M. C. M., pelo crime de homicídio qualificado. O acusado foi apresentado na manhã desta sexta-feira (27) na Audiência de Custódia. A prisão em flagrante dele foi homologada e convertida em prisão preventiva e o homem foi encaminhado ao Sistema Prisional.