Polícia

Nove militares já foram expulsos este ano

A PM possui uma Corregedoria que funciona em caráter permanente

De janeiro a agosto de 2016, já foram feitas nove expulsões de policias militares em Roraima por não possuirem as necessárias condições morais, éticas e profissionais para permanecer nas fileiras da Corporação.

Hoje, a governadora Suely Campos (PP) publicou decreto confirmando a expulsão do sargento Alfeu de Souza Gentil, do quadro efetivo da PMRR, condenado por tráfico de drogas e associação ao tráfico.

A decisão final, do militar foi publicada em diário oficial do dia 2 de agosto por meio do decreto nº 21.375-E.

O sargento foi submetido ao Conselho de Disciplina em abril desse ano, por envolvimento nas investigações da Polícia Civil, intitulada Operação Livramento.

A prisão decretada pelo juiz da Comarca de Caracaraí, foi amplamente divulgada na mídia local, regional e nacional, por meio dos diversos meios de comunicação (escrita, televisiva, radiofônica e on-line, além do facebook e dos grupos de mensagens instantâneas WhatsApp), circunstância que maculou negativamente a imagem da Corporação Policial Militar de Roraima, bem como de seus integrantes.

Segundo o Comandante Geral da PM, Dagoberto Gonçalves, a corporação não compactua com esse tipo de comportamento.

“A conduta do sargento teve reflexo negativo no âmbito da Polícia Militar, tal como na sociedade roraimense, ferindo frontalmente os pilares de sustentação da Corporação Policial Militar de Roraima, maculando ainda os valores intrínsecos a carreira militar, quais sejam: sentimento do dever, a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe”.

Na mesma publicação, foi divulgada a reforma administrativa de uma soldado não apenas pela “gravidade das condutas” da PM, mas também por ter sido diagnosticada com depressão grave e dependência de álcool, “resultando assim na constatação da falta de condições para o desempenho das suas funções no serviço ativo da Polícia Militar de Roraima.

Outro policial militar que também foi reformado foi o sargento Jonas Souza Silva, sendo que além de apresentar problemas de saúde, possuía em suas anotações diversas transgressões disciplinares. O relatório do Conselho de Disciplina aponta, por exemplo, que o PM foi acusado de ter efetuado disparos de arma de fogo na Feira do Passarão, em 2013.

A PM possui uma Corregedoria que funciona em caráter permanente, para proceder, instaurar e acompanhar procedimentos apuratórios em âmbito penal militar, administrativa, ética e disciplinar, que envolva integrantes da corporação, na forma prevista em legislação peculiar e específica.