A Folha de Boa Vista foi às ruas ouvir pessoas de vários segmentos da sociedade roraimense para saber que avaliação fazem do primeiro ano de governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para fazer uma reportagem eclética foram ouvidos eleitores que votaram a favor e contra Bolsonaro. Um empresário, um economista, um ambientalista e um professor universitário, além da casa Civil da Presidência da República. Confira:
PELO GOVERNO
O ministro Onyx Lorenzoni avalia como muito positivo o primeiro ano do governo. (Foto: Onix Lorenzoni)
“O presidente assumiu com um cenário desfavorável e fez um trabalho fantástico, superando todas as expectativas e contrariando os pessimistas. Chegamos ao fim do ano com 1 milhão de empregos gerados e em 2020 vamos criar ainda mais postos de trabalho. Estamos fazendo as reformas necessárias; seguindo um padrão de governança; comprometidos com o combate a corrupção e revolucionando a infraestrutura do país. Além Disso, o presidente sempre defendeu “mais Brasil e menos Brasília”, com isso estamos reconstruindo o pacto federativo, dando mais condições para que estados e municípios possam se desenvolver”, afirmou.
PELO EMPRESARIADO
O empresário Clerlânio Holanda disse que o governo tem um saldo relativamente positivo (Foto: Ribamar Rocha)
“A economia já apresenta sinais de crescimento do PIB, geração de emprego e recuperação da confiança do setor empresarial. Após cinco anos de retração, em 2019 o setor da construção civil finalmente apresentou crescimento, tendo registrado resultado positivo de 2%. Atingimos no final do ano passado o menor índice histórico da taxa Selic com 4,5% ao ano, permitindo a inclusão de uma massa significativa de pessoas com condições de tomar crédito, favorecendo a retomada da expansão de vários setores da economia, contribuindo para o aquecimento de um dos principais problemas que o país está enfrentando, o elevado nível de desemprego”.
POR UM ELEITOR DE ESQUERDA
A estudante de Letras, Hilvany Araújo, 25 anos, não votou em Bolsonaro. (Foto: Felipe Rocha)
“O próprio Jair Bolsonaro se deu nota 7, quando questionado sobre sua atuação no primeiro ano de governo. Convenhamos que foi generoso consigo, porque as decisões desastrosas e contraditórias marcaram seu primeiro ano como presidente. Entretanto, não podemos dizer que foi surpresa tal saldo, uma vez que suas convicções e falta de preparo para o cargo eram notórias desde a eleição. Elegeu-se com um discurso agressivo, recheado de senso comum, e assim segue no mandato, mas, agora, suas declarações um tanto vexatórias, (Leonardo DiCaprio que o diga), têm impacto mundial. Além disso, o presidente e sua equipe usam da falácia como instrumento de governo, vide as polêmicas envolvendo os ministros da Educação, Justiça, Meio Ambiente e, recentemente, o Secretário da Cultura. Enfim, o primeiro ano de mandato foi irresponsável e medíocre”.
POR UM ELEITOR DE DIREITA
O jornalista e advogado J. R. Rodrigues votou em Bolsonaro (Foto: Divulgação)
“Em 2018 o Brasil não tinha opção. Ou votava em um candidato de esquerda, para continuar se afundando num abismo que parecia não ter fim, ou elegia qualquer um outro candidato que sinalizasse com o contrário. Bolsonaro era o nome que estava no lugar certo, na hora certa; e mesmo aqueles que não tinham paixão pelo seu nome, votaram para se opor aos governos de esquerda que, desde a era FHC, em troca de pequenos avanços na área social, destruíram o País. Passado um ano, não só vemos que Bolsonaro era mesmo a única opção como pode-se comemorar uma série de avanços, sendo a reforma da Previdência o principal deles. Mas devemos lembrar que o Poder Executivo sozinho não consegue resolver os problemas, a pergunta que fazemos é se o Judiciário e o Legislativo,, que passou a existir a partir de janeiro de 2019, estão preparados para, junto com Bolsonaro colocar o país, de fato, no rumo do desenvolvimento”.
POR UM ECONOMISTA
Para o economista Fábio Martinez, o primeiro ano do governo Bolsonaro foi marcado por sinais positivos na economia brasileira (Foto: Nilzete Franco)
“O ano fechou com a criação de mais de 600 mil empregos formais, taxa básica de juros mais baixa da história, algumas reformas estruturais já implementadas, como foi o caso da Previdência. Contudo, ainda precisam ser enfrentadas as altas taxas de desemprego que atinge uma parcela muito significante da população, necessitando assim de um crescimento mais acentuado do PIB, que ainda permaneceu abaixo de 2%. Roraima também experimentou esse crescimento em 2019, sendo criados no Estado 2.261 postos de trabalho formais, melhor resultado desde 2012 e crescendo em relação ao estoque total de empregos 4,25%, maior resultado dentre as unidades da federação e 2,5 vezes superior à média nacional. As nossas exportações bateram recorde gerando receitas de US$ 156 milhões. Esse reflexo positivo na economia impulsionou o crescimento na arrecadação de impostos e no consumo das famílias”.
POR UM AMBIENTALISTA
O diretor de Monitoramento e Controle Ambiental Femarh, Glicério Fernandes (Foto: Divulgação)
“O governo Bolsonaro tomou medidas severas para conter os ilícitos ambientais e está concebendo projeto de lei para simplificar o licenciamento ambiental e ampliar o monitoramento e fiscalização. Ele trouxe estabilidade e confiança ao povo brasileiro e à própria classe política. Conteve os desmandos na administração pública e trouxe determinado equilíbrio na economia”.