Polícia

Operação da PF contra tráfico de drogas cumpre mandados em Roraima

Grupo criminoso com atuação em Minas Gerais e Rio de Janeiro é investigado por fornecer grandes quantidades de cocaína e atuar em milícias

A Polícia Federal cumpre mandados em Roraima nesta terça-feira, 8, em uma operação para desarticular organizações criminosas especializadas no tráfico de drogas, milícia armada e lavagem de dinheiro com foco em Minas Gerais. Ao todo, a Operação After cumpre 246 mandados, expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia. Além de Roraima, outros mandados estão sendo cumpridos em Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins. São 110 mandados de prisão e 136 de busca e apreensão.

De acordo com a corporação, o grupo atuava no fornecimento de grandes quantidades de cocaína para outros traficantes de drogas, principalmente localizados na região do Triângulo Mineiro, em Minas. Em à milícia carioca, foi identificado um grupo que atua região da Baixada Fluminense e que explorava serviço clandestino de “segurança armada” para o transporte de cargas de grandes empresas, cujos parques industriais estão sediados na região. O grupo contava com a atuação de servidor público da área de segurança pública do estado do Rio de Janeiro e explorava, também, o comércio ilegal de fuzis.


Operação é realizada em Roraima e mais sete estados – Foto: Divulgação/PF

Os grupos criminosos citados foram identificados a partir do rastreamento das atividades de célula criminosa localizada na região do Triângulo Mineiro, especializada na lavagem de dinheiro para diversos criminosos localizados em vários estados. A célula “administrava” inúmeras contas bancárias em nome de terceiros e em nomes falsos, a fim de burlar a ação de órgãos de fiscalização.


Contas bancárias em nomes de ‘laranjas’ eram administradas pelo grupo criminoso- Foto; Divulgação/PF

Mais de R$ 1 bilhão foi movimentado no período investigado e que parte destes valores foram destinados à compra de fazendas, casas, apartamentos, embarcações e veículos de luxo. As contas bancárias utilizadas no esquema e o patrimônio identificados foram bloqueados por determinação judicial.