A justiça manteve nesta sexta-feira (20) a prisão do venezuelano J.B.M.B, de 35 anos, detido pelo estupro da enteada, de apenas oito anos, dentro de uma barraca no Rondon I, no bairro 13 de Setembro. O crime foi descoberto pela mãe da vítima e confirmado por exames realizados no Hospital da Criança. Este é o segundo caso registrado em abrigos só neste mês.
Na decisão, o juiz Alexandre Magno Magalhães Vieira, destacou que, embora o indivíduo seja réu primário e sem antecedentes, a conversão de flagrante para prisão preventiva é necessária “para a garantia da ordem pública e em especial, da própria segurança da criança, considerando a relação familiar existente”.
DESCOBERTA – A criança está no abrigo desde novembro de 2019 e mora com a mãe, o padrasto e dois irmãos, de três e onze anos. A mulher já desconfiava da atitude do marido, devido ter flagrado o mesmo com seu filho caçula no colo, mas não imaginava que a menina é quem seria a verdadeira vítima.
Na delegacia, a mãe relatou que era por volta de 19h30 desta quinta-feira (20), quando os dois meninos foram sozinhos até ela. A mulher perguntou pela garota e foi informada pelas crianças de que o padrasto a levou para a barraca e estavam jogando vídeo game. Uma senhora teria se aproximado e a alertou para verificar o que realmente estava acontecendo.
A barraca estava fechada e sem avisar, a mulher a abriu rapidamente, momento em que flagrou a filha no colo do companheiro e perguntou o que estava acontecendo ali. Ela imediatamente colocou a vítima na cama e desconfiada, pôs a mão no órgão genital do indivíduo e percebeu que ele estava excitado.
Ao comprovar que a menina era abusada sexualmente pelo padrasto, a mulher saiu com a criança, que chorava bastante. Desesperado, o homem tentou impedi-la e com agressividade, se justificou que não tinha feito nada. Porém, a criança confirmou as ações do indivíduo.
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Em seu depoimento, a vítima narrou que o padrasto já tinha feito isso diversas vezes e que sempre entregava o tablet para ela, como forma de distraí-la. Abatida com a situação, a menina contou que o pai e o irmão estão na Venezuela e que sente muita saudade do seu país natal.
SEGUNDO CASO – Em menos de um mês, este é o segundo caso de estupro descoberto dentro dos abrigos destinados aos imigrantes. No último dia 4, A.L.G.S, de 31 anos, foi preso pelo estupro da enteada de 14 anos, após o caso vir à tona com denúncias de outros abrigados.
O homem estava há cerca de 30 dias no abrigo localizado no bairro Jardim Floresta, zona Oeste, juntamente com a esposa e a vítima. Durante este período, ele foi flagrado por diversas vezes tocando nas partes íntimas da menina, inclusive à luz do dia, o que passou a causar constrangimento nos outros imigrantes.
A situação já era de conhecimento da mãe da menina, que teria confirmado a denúncia para a administração do abrigo. A mulher contou que dormia com o indivíduo em um colchão e que a adolescente ficava ao lado. A.L.G.S aproveitava a madrugada para praticar os abusos sexuais.
A mãe da vítima teria voltado atrás com a denúncia por medo de represálias, mas como os abusos já tinham sido presenciados por outros imigrantes, eles confirmaram a prática do crime e o homem foi preso por uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM), acionada pela assistente social do abrigo.
