Os paredões de som, equipamentos de alta potência sonora adaptados em carros, estão na mira de órgãos de policiamento e ambientais em Roraima. Uma força-tarefa está sendo montada para combater o crime ambiental, infração de trânsito e abusos cometidos pelos donos das aparelhagens.
As caixas de sons conhecidas como “paredões”, após apreendidas só são liberadas mediante a processo judicial. De acordo com o secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Daniel Peixoto, poluição sonora é crime.
Segundo ele, os proprietários dessas caixas de som são autuados e a multa pode chegar até R$10 mil reais.
“Após todo o tramite do processo, o equipamento pode até ser leiloado, porém muitas vezes o aparelho não é leiloado para que ele não retorne as ruas e seja usado para o mesmo tipo de crime. Nesse caso, o equipamento pode ser até destruído”, explicou.
Segundo Peixoto, o número de casos de “paredões” tiveram aumento no final do mês de junho.
“Mais de 50 aparelhagens de som foram apreendidas durante operações,um agravante do problema são as áreas residenciais, onde a maioria das competições irregulares acontecem”, disse.
A regra vale para veículos em movimento ou parados, como no caso dos paredões, que ficam estacionados para as disputas de som. Os paredões são realizados em festas nas quais carros disputam qual equipamento terá melhor capacidade sonora para atrair pessoas para dançar.
“Quando o carro é apreendido, ele é devolvido, porém a aparelhagem é desconectada desse veículo e o proprietário do veículo é autuado”, esclareceu.
Os órgãos de policiamento poderão aplicar o artigo 228 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que prevê multa e retenção do veículo que utilizar equipamento sonoro com volume que não seja autorizado pelo Contran.
Mais de 50 aparelhagens de som foram apreendidas durante operações de órgãos de segurança em Roraima (Foto: Aldenio Soares)
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