
O pastor evangélico José Vitorino da Silva Feitosa, de 44 anos, conhecido como Vitorino, envolvido em uma ocorrência policial, no bairro São Bento, deu a sua versão dos fatos durante entrevista à FolhaBV, nesta sexta-feira, 19.
De acordo com o pastor, ele não desacatou os policiais militares da Força Tática, apenas os questionou sobre o mandado para adentrar a sua residência. Além disso, ele afirma que foi agredido com socos no rosto por um sargento.
Vitorino disse que pela manhã, como de costume, foi deixar a filha no trabalho e foi a padaria. “Quando retornei, a viatura estava na divisa da minha casa com a do vizinho e fui entrando em casa. Um dos policiais estava na viatura e o cumprimentei. Ele questionou quem eu era, respondi que era o proprietário da residência e questionei o que estava havendo. Quando eu olhei pra dentro de casa, eu vi três soldados saindo de lá, eles invadiram a minha casa e me deparei com o meu genro só de cueca”, disse.
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Ainda segundo ele, os policiais teriam revirado os cômodos da casa. “Se eles procuravam um foragido como falaram, por que reviram a cama e o guarda-roupas da minha filha?”, questionou o pastor.
Conforme o relato, o pastor teria pedido autorização dos policiais para que o genro colocasse uma bermuda, o que teria sido negado. Além disso, Vitorino teria cobrado o mandado de busca, momento em que teria sido agredido. “O sargento mandou eu calar a boca e não deixou que ele se vestisse. Durante os meus questionamentos, o policial me xingou e agrediu com socos na frente da minha família. Nunca apanhei na cara e fui humilhado como fui ontem. Me senti constrangido dentro da minha própria casa. Após falar que iria procurar os seus direitos, o sargento bateu no peito e disse que ‘o direito aqui somos nós’.”, disse.
“Se eles tivessem chegado, conversado e explicado a situação, eu seria o primeiro a permitir que entrassem e procurassem o foragido. A questão, é que invadiram a minha casa e não respeitaram a minha família”, destacou.
Vitorino disse que saiu da delegacia por volta das 15h e que não conversou com o delegado. “Não me permitiram conversar com delegado. Eu sair de lá, porque minha família e amigos conseguiram um advogado para mim”, destacou.
O pastor registrou um boletim de ocorrência contra a guarnição e afirmou que irá procurar os seus direitos em relação ao caso.