Polícia

Penitenciária registra mais uma fuga de presos usando escadas

Foram dez presos que fugiram exatamente dez dias depois que o governo decretou situação de emergência no sistema prisional

Na madrugada dessa sexta-feira, durante uma queda de energia, mais uma fuga foi registrada na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Desta vez, foram dez presos que escaparam pulando muros, próximo às guaritas 9 e 10, novamente utilizando escadas construídas artesanalmente. A fuga anterior naquela unidade prisional ocorreu no mês passado, quando cerca de 50 detentos conseguiram fugir do local utilizando escadas artesanais.

A equipe de segurança da penitenciária, junto com o apoio da Polícia Militar iniciou ontem pela manhã contagem dos presos, que durou o dia todo, quando foram confirmados a falta de dez detentos. O Governo do Estado, por meio de nota, informou que o total de foragidos serão confirmados após o cruzamento de dados com toda a lista de presos custodiados na Pamc para que se chegue aos nomes e ao número de fugitivos de forma definitiva.

A população pode ajudar com alguma informação sobre os foragidos ligando para o número 190 (emergência), 2121-8940 e 99139-9529 (WhatsApp).

EMERGÊNCIA – A nova fuga na Pamc ocorreu exatos dez dias depois de a governadora Suely Campos (PP) publicar novo decreto declarando situação especial de emergência no sistema prisional. Da mesma forma que aconteceu no ano passado, o decreto também instituiu um Grupo de Trabalho Multissetorial (GTM) na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) e a situação de emergência terá o mesmo prazo: 180 dias.

O objetivo do grupo continua sendo o mesmo de um ano atrás: elaborar um “Plano Emergencial que garanta o funcionamento pleno do Sistema Penitenciário estadual”. O que muda agora é a justificativa apresentada pelo governo para decretar a situação de emergência. No ano passado, o argumento da governadora Suely era de que havia “elevados débitos existentes junto aos fornecedores da Sejuc e que poderiam comprometer o regular funcionamento das unidades prisionais”.

O decreto atual reconhece as precárias condições físicas do Sistema Prisional, além da identificação de irregularidades, bem como risco iminente das sucessivas tentativas de danificação causadas pelos internos na estrutura física do sistema prisional.