Polícia

PF cumpre mandados de busca e apreensão em Roraima

Operação criminosa atuava em sete estados: Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Piauí, São Paulo e o Distrito FederaL

A Polícia Federal deflagrou a Operação Crasso, que tem como objetivo desarticular organização criminosa dedicada à exploração e ao comércio ilegais de diamantes extraídos ilegalmente da Terra Indígena Roosevelt, em Rondônia.

Estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal, todos expedidos pela 3ª Vara Criminal da Subseção Judiciária de Rondônia. Além das buscas, foi determinado pelo juízo o sequestro de bens imóveis.

Para o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foi mobilizado um efetivo de cerca de 150 policiais federais, distribuídos entre os estados de Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Roraima, São Paulo e o Distrito Federal.

A investigação teve início em 2018, com a prisão em flagrante de três indivíduos em posse de diversas pedras de diamante (Foto: Alexsander Joe)

A investigação teve início em 2018, com a prisão em flagrante de três indivíduos em posse de diversas pedras de diamante, que haviam se deslocado de São Paulo a Rondônia para adquiri-las. Na ocasião, admitiram que os diamantes eram da Reserva Roosevelt.

Durante as investigações, houve êxito na identificação do esquema criminoso, que conta com a participação de garimpeiros, lideranças indígenas, financiadores do garimpo, avaliadores, comerciantes e intermediadores, que estabelecem a conexão entre os fornecedores e o mercado consumidor nacional e internacional.

Dentre os crimes investigados estão organização criminosa, usurpação de bens da União e lavagem de dinheiro.

O nome da operação, Crasso, remete ao estado bruto dos diamantes.

O trabalho de investigação teve início em 2018, após a prisão de três indivíduos em posse de diversas pedras de diamantes, que confessaram que elas eram oriundas da reserva indígena Roosevelt.

A partir daí, os investigadores conseguiram identificar a participação de garimpeiros, lideranças indígenas que permitiam a extração ilegal, avaliadores, comerciantes e intermediadores.

O processo iniciava com a extração dos diamantes e terminava com a comercialização em joalherias no território nacional, principalmente São Paulo, e também em outros países, como Itália, França e Suíça.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de organização criminosa, usurpação de bens da união e lavagem de dinheiro. Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça determinou o bloqueio e sequestro de bens dos suspeitos.

*Com informações da Rádio Agência Nacional

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