A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira (31) a Operação Harpia para investigar suposta corrupção na Universidade Estadual de Roraima (Uerr), envolvendo a instituição e a contratação de uma empresa de engenharia vencedora de uma recente licitação de R$ 16 milhões.
A corporação cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Boa Vista, expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas. À Uerr, a PF foi em duas viaturas. A Folha flagrou o momento em que policiais levam um computador e uma pasta de documentos.
A PF explicou que a operação desta quinta é resultado de desdobramento da ação realizada na semana passada, para investigar um possível pagamento de propinas relacionado à contratação da empresa de engenharia. Na oportunidade, os agentes estiveram no empreendimento e na casa do irmão de um dos sócios, onde localizaram R$ 3,2 milhões escondidos em sacos de lixo.
Em nota (que pode ser lida na íntegra ao final da reportagem), a Uerr disse que, espontaneamente, encaminhou ofício à superintendência da PF para esclarecer ou sanar dúvidas, se dispondo a comparecer e a fornecer documentos necessários com a intenção de elucidar quaisquer questionamentos.
A Operação Harpia alude a uma das maiores espécies de águias existentes no mundo. A harpia, quando caça, fica parada por horas, esperando o momento certo para atacar sua presa.
Nota completa da Uerr
“A assessoria de comunicação da Universidade Estadual de Roraima informa que a Polícia Federal cumpriu mandado judicial de busca apreensão de documentos e arquivos eletrônicos em setores administrativos da Instituição, conforme divulgado pela imprensa.
Esclarece que no dia 22 de agosto, a instituição espontaneamente encaminhou ofício a superintendência da PF, no sentido de esclarecer ou sanar dúvidas, disponibilizando-se a comparecer e a fornecer documentos necessários no sentido de elucidar quaisquer questionamentos.
A Uerr reforça o interesse em colaborar no que for necessário, para que todos os fatos sejam esclarecidos, no intuito de resguardar o interesse público.”
*Colaborou Winicyus Gonçalves
