ELEIÇÕES SUPLEMENTARES

PF já apreendeu R$ 60 mil ligados à compra de votos em Alto Alegre

Quantia se refere a apreensões feitas desde a semana passada. Pleito vai definir prefeito que governará a cidade até o fim de 2024

Viatura da Polícia Federal em Alto Alegre (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Viatura da Polícia Federal em Alto Alegre (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A Polícia Federal (PF) já apreendeu R$ 60 mil em espécie por suspeita de compra de votos nas eleições suplementares de Alto Alegre deste domingo (28), que vai definir o prefeito que vai governar a cidade até 31 de dezembro de 2024. O balanço parcial foi divulgado neste sábado (27), a pedido da Folha.

A quantia se refere a apreensões feitas desde a semana passada, quando foram apreendidos R$ 10 mil em uma ação e inclui ainda os R$ 50 mil localizados com o segurança do senador Mecias de Jesus (Republicanos). Esse suspeito foi liberado após pagar fiança.

Na sexta-feira (26), a PF apreendeu três pessoas em flagrante ligadas a uma prefeitura do interior de Roraima e apreendeu mais de R$ 462 mil. Neste caso, a corporação investiga se há relação direta com o pleito extra de Alto Alegre.

Candidatos e eleitores não podem ser presos até 48 horas após o fim da eleição, exceto em casos de flagrante delito, de sentença criminal condenatória por crime inafiançável e por desrespeito ao salvo-conduto.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já explicou que essa medida existe para garantir o equilíbrio nas eleições. A ideia é evitar que prisões sejam usadas para prejudicar um candidato por meio de constrangimento político ou afastamento da campanha.

Segundo a legislação, caso haja prisão, o detido será imediatamente apresentado a um juiz que, se verificar a ilegalidade da detenção, promoverá o relaxamento do ato e a responsabilidade do coator.