Polícia

PM intensifica investigação e buscas aos assassinos

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem, 16, a Polícia Militar esclareceu que as buscas aos autores do homicídio praticado contra o soldado Arnaldo Sena, 39, foram intensificadas, assim como as investigações relacionadas ao caso. O comandante da PM, Dagoberto Gonçalves, informou que um grande número de policiais militares e civis continua em diligência a fim de prender os indivíduos.

O comando relatou que todos os envolvidos no crime eram foragidos do sistema prisional e dois deles se denominavam membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). “Temos policiais na rua atrás de outros suspeitos. O primeiro suspeito  morreu no confronto com a PM. E o de hoje [quarta-feira], temos a informação que desde ontem estavam à procura dele, quando PMs da Dicap [Divisão de Inteligência e Captura] e policiais civis da GRT [Grupo de Resposta Tática] foram à mata e lá conseguiram localizá-lo nas primeiras horas da manhã”, disse o comandante.

Além das buscas no Cantá, as ações da Polícia Militar também se estendem pela Capital, uma vez que alguns policiais estão sendo ameaçados pelas redes sociais, assim como a população está aterrorizada com a onda de violência. “A PM está toda unida e focada na resolução desse caso até para tranquilizar os próprios PMs, pois surgem, nas redes sociais, ameaças dizendo que são cinco agentes. Esperamos prender o quanto antes esses bandidos para que tranquilize a sociedade e a tropa”, enfatizou Gonçalves.

As investigações relativas à morte de Sena foram iniciadas ainda na terça-feira. “Tem todo um rol de investigações. O soldado não tinha histórico de ameaça, era tranquilo. Não tinha ameaça por parte de criminosos.

Ultimamente não tinha nenhuma ameaça concreta a PMs na Companhia e não tem esse contato para ter ameaça”, ressaltou Dagoberto.

O soldado Arnaldo Sena desempenhava as funções de Policial Militar na Companhia Independente de Policiamento de Guarda (CIPG) e, na noite anterior à sua morte, estava de plantão na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). “[A Pamc] É um local sensível em face de todos os acontecimentos, inclusive essa semana teve tiros a uma base da Guarda Municipal. Hoje a ação de polícia no Estado está alta. A Pamc tem mais de 1,5 mil presos e muito elemento está sendo encaminhado pra lá”, salientou Dagoberto Gonçalves.

TOLERÂNCIA ZERO – Durante uma Operação intitulada “Tolerância Zero”, desencadeada pela Polícia Militar em parceria com outras instituições, foi realizado um grande número de abordagens a veículos e pessoas em 13 bairros da Capital. As ações foram iniciadas na sexta-feira, 11, e prosseguiram até a noite desta terça-feira, dia 15.

As abordagens a carros totalizaram 133. Já o número de motocicletas interceptadas foi de 158, enquanto 447 pessoas foram abordadas na operação. Os bairros saturados pela operação concentram-se na zona Oeste da Capital: Tancredo Neves, Caranã, Cauamé, Caçari, Jardim Primavera, Santa Teresa, Buritis, Asa Branca, Cidade Satélite, União Mecejana e Liberdade, além da área conhecida como Beiral, no Centro. (J.B)