Polícia

Polícia de RR integra ação interestadual contra estelionato e falsidade

Operação realizada simultaneamente em quatro Estados cumpre 41 mandados de prisão preventiva e 56 mandados de busca e apreensão

A Polícia Civil de Roraima participa, desde as primeiras horas desta terça-feira (5), da operação interestadual “2 Face”, da Polícia Civil de Presidente Prudente (SP), contra crimes como estelionato e falsidade ideológica. No Estado, policiais cumprem quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão domiciliares.

Em Roraima, a ação é coordenada pela Delegacia Geral, por meio do DOPES (Departamento de Operações Especiais). Participam policiais dos 2º e 3º DPs (Distritos Policiais), DDIJ (Delegacia de Defesa da Infância e Juventude), DRE (Delegacia de Repressão ao Entorpecentes), GRI (Grupo de Resposta Imediata) e GRT (Grupo de Resposta Tática).

Ao final dos trabalhos, a Polícia Civil apresentará o resultado da ação em Roraima.


Operação policial é realizada simultaneamente em quatro Estados (Foto: Ascom PCRR)

A “2 Face” é realizada simultaneamente em oito cidades, de quatro Estados, onde cumpre 41 mandados de prisão preventiva e 56 mandados de busca e apreensão por crimes de estelionato eletrônico, falsidade ideológica, falsa identidade, integrar organização criminosa, além de lavagem de dinheiro.

As investigações são conduzidas pela 1ª DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da DEIC 8 (Divisão Estadual de Investigações Criminais) de Presidente Prudente. Uma vítima procurou a unidade policial relatando que teve um prejuízo de R$ 34.391,00, em 11 de agosto de 2021, quando foi instaurado inquérito policial.

Em pouco tempo, policiais descobriram outras dezenas de vítimas, que foram catalogadas como pagantes enganadas pela mesma fraude eletrônica, e que o crime era praticado por grupos criminosos de São Paulo, Goiás, Roraima, Pará e Minas Gerais.

Segundo a Polícia Civil de Presidente Pudente, considerando o relevante número de casos idênticos verificados em registros de vítimas pela cidade paulista e região, além dos anunciados em redes sociais que se multiplicaram com o tempo da investigação e o anúncio do mesmo crime e prejuízos, tudo foi encaminhado ao Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) para análise precedente e emissão de relatório técnico.

Com sete meses de ações de inteligência, em atos legítimos autorizados pela Justiça competente e pareceres favoráveis do Ministério Público paulista, com os cruzamentos de informações em fontes abertas e fechadas, em tese, houve o desvendamento dos crimes que possibilitou a representação cautelar policial, que subsidiou o deferimento dos mandados, bloqueios e sequestros de contas cadastradas em 41 CPF’s, além de uma dezena de sequestros de contas em criptoativos.

Nome da operação

O nome operação foi escolhido em tradução simples da escrita americana “two face”, usando o número não extenso, “duas faces” – em metáfora ao ardil eletrônico usado pelos criminosos que solicitam dinheiro das vítimas passando por conhecidos, inclusive, com fotografias retiradas das redes sociais ou telefônicas.