Mais uma morte foi desvendada pelos policiais da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH). Ontem à tarde, o delegado Juraci Rocha apresentou três acusados de matarem o aposentado Henrique Francisco do Nascimento, de 78 anos. O crime, com requintes de crueldade, ocorreu na madrugada do dia 6 de julho passado, na casa da vítima, na avenida Solon Rodrigues Pessoa, antiga N-5, no bairro Santa Luzia, zona Oeste. Os assassinos deram várias facadas e espetadas no idoso, que não teve chance de se defender.
O delegado detalhou que concluiu as investigações e pediu a prisão preventiva dos três porque não restou dúvida da autoria do crime. Câmeras nas ruas filmaram os três nas imediações da casa. O trio também confessou ter matado o idoso após arrancarem duas tábuas e entrarem no barraco. Em seguida, segundo o delegado, ainda sujos de sangue, eles foram beber. Os três também usam droga.
Ramon Diego Serra dos Santos, de 20 anos, conhecido como “Mucuim”, Jonas Linhares Júnior, de 21 anos, vulgo “Joaninha”, e Vadeilton dos Santos Souza, de 38 anos, conhecido como “Adriano”, agora respondem por homicídio duplamente qualificado. Nenhum dos três quis falar com a imprensa.
O delegado deu mais detalhes do crime. Disse que na madrugada do dia 6 de julho, os três bebiam na casa de Diego, na zona Oeste, quando Jonas se armou com uma faca e decidiu ir até a casa da vítima. Os dois comparsas também se armaram e foram juntos. Do fundo do barraco, Jonas arrancou duas tábuas, entrou e já foi aplicando as facadas, enquanto os comparsas vigiavam.
Após matarem o aposentado, os três foram beber cachaça e usar droga. Em depoimento à polícia, Diego foi o primeiro a confessar. Jonas alegou que fez aquilo porque o aposentado teria um caso amoroso com mulher dele, o que foi descartado pelo delegado. Vadeilton tentou se livrar, mas seus argumentos também não convenceram.
O idoso foi morto com vários golpes de faca e espeto de churrasco. Ele ficou caído em uma poça do próprio sangue. O idoso, segundo os vizinhos, era de poucas palavras e não tinha familiares em Roraima, só dois filhos em São Luiz, no Maranhão. O barraco estava todo revirado, o que logo levou a polícia a desconfiar de um latrocínio. No barraco havia um espeto de churrasco e um facão manchados de sangue.
O delegado lembrou que o trabalho de captura dos três só foi possível porque ele contou com o apoio dos agentes do 1o e 5o distritos. Os três acusados já tinham passagem por assalto e já eram conhecidos da polícia.
Após os procedimentos na delegacia, Diego, Jonas e Vadeilton fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e foram entregues na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC), zona rural, onde aguardam novamente a Justiça. (AJ)
