Polícia

Polícia detém suspeitos na saída do velório

Pessoas próximas à vítima foram detidas e tiveram a preventiva solicitada para a Justiça. A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio por encomenda 

Apesar de a Polícia Civil não ter confirmado oficialmente a prisão de ninguém como autor da morte da empresária e servidora da União Joicilene Camilo dos Reis, de 47 anos, conhecida como Joice Camilo, até o fim da tarde dessa quarta-feira, dia 4, uma fonte da Folha garantiu que as detenções já começaram e que duas pessoas próximas a vítima teriam sido levadas logo após o velório. A partir dessas detenções, o caso começou a ganhar desdobramentos. 

A expectativa é que mais pessoas sejam conduzidas à Delegacia para prestarem esclarecimentos do crime que aconteceu na madrugada da segunda-feira, dia 2, dentro da residência da vítima que fica no bairro Andaraí, em Rorainópolis. Além disso, o delegado Cid Guimarães, titular da Delegacia daquele município, representou na Justiça pelo Mandado de Busca e Apreensão, que foi deferido, e nessa terça-feira, 3, as equipes fizeram revista na casa da melhor amiga de Joice, ocasião em que a bolsa e um celular da vítima foram localizados.

A bolsa foi apreendida e, segundo as informações, continha os documentos de Joice. As diligências para esclarecer as circunstâncias, a autoria e os mandantes do assassinato estão acontecendo durante dia e noite. Amigos, familiares e funcionários da vítima estão sendo ouvidos na Delegacia de Rorainópolis, Cid Guimarães está presidindo as investigações que contam com apoio de policiais militares e de policiais civis do município, além de uma equipe do Grupo de Resposta Imediata (GRI) de Boa Vista.

A linha de investigação da Polícia Civil é de que o crime tenha sido latrocínio (matar para roubar), considerando que da casa da vítima foram levados vários objetos, dentre eles dois televisores, uma máquina de cortar cabelo, joias, perfumes importados, produtos de higiene pessoal, o anel de formatura que estava no dedo da vítima, o notebook, o telefone celular dela, sua bolsa pessoal, além de dinheiro. 

Para o delegado, as investigações apontam que o crime de Joice Camilo foi por “encomenda”. A vítima estaria com aproximadamente R$ 50 mil em casa, que seriam depositados na segunda-feira, dia 02, quando seu corpo foi encontrado. O dinheiro seria resultado do seu trabalho como promotora de eventos.

“Estamos ouvindo as pessoas mais próximas de Joice. Os trabalhos de investigação e as diligências estão bem adiantados para identificação dos autores e dos mandantes do crime”, afirmou o delegado.

Segundo Cid Guimarães, Joice Camilo foi surpreendida dentro de sua casa, ocasião em que estava sozinha. Não houve arrombamento nas portas da casa, o que também causou estranhamento na polícia. “Muitos detalhes estão sendo analisados. As diligências estão sendo ininterruptas”, disse o delegado.

A amiga de Joice foi ouvida, assim como outras pessoas próximas a ela, incluindo os funcionários. A perícia fez análise das impressões digitais encontradas na residência da vítima e descobriu que as marcas deixadas não estão no banco de dados do Brasil, o que reforça a hipótese de que a impressão digital de um dos envolvidos pode ser de um estrangeiro.

O corpo de Joice Camilo foi encontrado por volta das 8h30 de segunda-feira, dia 02, por duas pessoas que trabalhavam em sua casa. A vítima estava com os braços amarrados com um fio elétrico. Ela foi morta por asfixia e bastante espancada. (J.B)