O corpo venezuelano Rogelio Jose Barrera, de 19 anos, encontrado boiando no Rio Branco na manhã desta quarta-feira (18), tinha um golpe de arma branca e esta pode ter sido a causa da morte, conforme exame preliminar do Instituto Médico Legal (IML). A vítima estava com uma pedra amarrada na perna esquerda e se tornou o terceiro imigrante assassinado cujo corpo foi jogado em rios da região em um mês. Até o momento, nenhum dos casos teve solução.
A Polícia Militar foi acionada aproximadamente às 8h20 por pessoas que realizavam a travessia do rio por meio de balsa, e visualizaram somente a cabeça da vítima fora da água. Uma equipe do Corpo de Bombeiros fez a retirada do corpo e o levou até a margem, próximo à Ponte dos Macuxis.
Barrera registrou a entrada no país em dezembro do ano passado.
A identidade do venezuelano foi confirmada pelo Instituto de Identificação Odílio Cruz (IIOC) em tempo recorde de 2h08. Porém, até o fechamento desta matéria, nenhum familiar de Barrera havia comparecido ao IML para realizar a retirada do corpo para sepultamento. Para isto, é necessário comparecer à sede do órgão com um documento oficial.
OUTROS DOIS CASOS – O primeiro corpo de imigrante venezuelano encontrado no rio foi de Neffer Garcia Marcano, de 32 anos. A causa da morte da mulher foi apontada como asfixia por estrangulamento e foi localizada também às margens do Rio Branco, no bairro 13 de Setembro, no dia 17 de fevereiro. Já o segundo foi do jovem Jeferson Rafael Guerra Diaz, de 19 anos, encontrado em meio a galhadas no Rio Cauamé, no dia 22 do mês passado. O laudo cadavérico concluiu que a morte foi causada por traumatismo craniano, e não por afogamento. As duas mortes são investigadas pela Delegacia Geral de Homicídios (DGH) que foi procurada pela reportagem para falar sobre o andamento das investigações, mas não retornou o nosso contato.