A Polícia Militar de Roraima (PMRR) emitiu nota com esclarecimentos sobre a ocorrência do dia 02 de janeiro de 2021, envolvendo o delegado de Polícia Civil João Evangelista dos Santos, e um escrivão da Polícia Civil. Após o fato ter sido divulgado, o delegado chamou a atuação da PMRR de “questionável e fantasiosa”.
“A Polícia Militar não reconhece qualquer motivação ilegítima ou infundada para a realização da abordagem em tela e afirma que toda a ação policial se revestiu da legalidade e profissionalismo que se espera para o atendimento de uma ocorrência oriunda de disparo de arma de fogo em via pública e possível direção de veículo automotor sob influência de bebida alcoólica, ao tempo que repudia qualquer insinuação descabida e tendenciosa no intuito de denegrir a imagem dessa Instituição composta por valorosos homens e mulheres que, diariamente, arriscam suas vidas para a proteção de nossa sociedade”, diz trecho da nota enviada pela PMRR.
Segundo a PMRR, por volta das 19h do dia da ocorrência, a Central Integrada de Operações em Segurança (CIOPS), recebeu a informação de que o ocupante de um veículo em deslocamento estaria realizando disparo de arma de fogo, na rodovia RR-205.
Os disparos teriam sido presenciados por um tenente da Polícia Militar e seus familiares, quando retornavam para Boa Vista e que teriam visto o momento em que o passageiro do veículo que “estava a sua frente estendeu o braço para fora e desferiu cinco tiros”.
O oficial então teria repassado as características do veículo à Polícia Militar, para que fosse realizada a abordagem ao veículo, diante da necessidade inquestionável de se averiguar tal situação.
De acordo com a PMRR, como as viaturas que atuam na chamada “segunda malha de policiamento” (Força Tática, Choque, GATE, Canil, CIPA, GIRO e Cavalaria) são as que realizam os atendimentos das ocorrências consideradas de alto risco (roubo, cárcere privado, disparo de arma de fogo, etc), foi designada para o atendimento em questão a viatura de Força Tática, que procedeu à abordagem ao veículo mencionado, às 19h20, já no perímetro urbano da Capital.
“Desde o primeiro momento da abordagem, conforme o relato das equipes policiais, o delegado se mostrou “bastante hostil e contrário àquela ação legítima”. “Acusou os policiais de que estariam o perseguindo pelo fato do mesmo presidir determinada investigação que envolveria policiais militares, fato este desconhecido pelas guarnições de serviço”, diz a nota da PMRR.
Ainda segundo a nota, compareceram ao local da ocorrência os oficiais de serviço da Polícia Militar (Coordenador de Operações e Oficial de 2ª malha), que teria mantido contato de forma apaziguadora e respeitosa com os envolvidos no fato.
Uma equipe do Detran-RR também esteve no local, presenciando todo o ocorrido, tendo sido ofertado, por diversas vezes, o teste do etilômetro para o delegado e para o agente. Estes, por sua vez, teriam se recusado a realizá-lo, o que poderia gerar a prova objetiva de estarem ou não com a capacidade psicomotora alterada.
Diante da recusa, foi lavrado o Termo de Constatação de sinais de alteração da capacidade psicomotora Nº 2436 e anexado ao Relatório de Ocorrência Policial.
“Os dois envolvidos foram conduzidos pela viatura do Grupo de Resposta Tática da Polícia Civil, sem uso de algema ou qualquer outro meio que possa ter sido considerado constrangedor, sendo respeitados todos os seus direitos constitucionais”, completa a nota.
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