No sábado, 16, por volta das 22h50, policiais militares que integram o 1o Batalhão da Polícia Militar localizaram uma criança de seis anos portadora do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela se perdeu da família e foi encontrada nas ruas do mesmo bairro onde mora, o Pricumã.
De acordo com as informações do sargento Michael, a equipe fazia patrulhamento de rotina pelo bairro quando pretendia abordar um grupo de elementos em atitude suspeita e coincidiu de a viatura parar na rua da família que estava aflita com o desaparecimento da menina.
“Foi quando as pessoas desesperadas diziam: ‘meu Deus, me ajuda’. A princípio, a guarnição desembarcou pensando que era um assalto, mas elas falaram que a criança estava perdida, tinha autismo e seis anos. Eu pedi para a mãe, as irmãs de 7 e 13 anos para ficarem calmas que a gente iria localizá-la. Pedi para mãe e um amigo da família embarcarem na viatura para auxiliarem nas buscas”, destacou o sargento.
Depois de acalmar a família, a equipe iniciou o patrulhamento que durou cerca de 30 minutos. Depois de percorreram quatro quadras da residência onde a criança mora, os policiais conseguiram avistá-la, sozinha, caminhando pela rua.
“Estava caminhando, meio desorientada. Tinha um casal de senhores com mais ou menos 50 anos de idade que estava acompanhando ela, mas eles também tinham acabado de localizá-la e demonstraram preocupação ao perceberem que estava sozinha e chegaram a acreditar que ela entraria numa casa daquela rua”, ressaltou Michael.
“Chegando à casa da família, foi uma emoção muito grande. As irmãs maiores amam muito a garota. Elas se abraçavam intensamente. Nós filmamos um pouquinho da cena. Como ela tem autismo, ficou um pouco agoniada diante de tantos abraços e pediu para que a soltassem. A irmã de sete anos se ajoelhou na calçada e começou a agradecer a Deus, dizendo: ‘muito obrigada, Senhor’. Foi uma ocorrência atípica porque estamos acostumados a nos deparar com outras situações”, salientou.
A equipe envolvida na ação bem-sucedida era composta pelo sargento Michael, que estava no comando da viatura; o motorista era o soldado Pantaleão. Os outros foram os soldados Galdino e Barros Maia.
“A família agradeceu muito à Polícia Militar e nós agradecemos a Deus pela oportunidade de servir”, enfatizou o sargento.