Na noite de sexta-feira, 04, o foragido da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), Diogo de Assis Lima, foi reconhecido pelas vítimas durante um roubo, por volta das 21 horas, no cruzamento da avenida Padre Anchieta com a rua Centauro, no bairro Jardim Primavera, zona Oeste de Boa Vista.
Intimidando as vítimas enquanto segurava uma arma de fogo, levou uma motocicleta Honda/Titan, vermelha, placa NAU-8146, e vários aparelhos celulares. Toda a ação do criminoso aconteceu ao lado de um comparsa. Diogo efetuou disparos que por pouco não vitimou uma criança de 2 anos de idade. Em seguida, tomou rumo ignorado.
Na manhã do sábado, dia 5, a motocicleta foi localizada por uma guarnição da Polícia Militar no município de Bonfim, cerca de 150 quilômetro da Capital, a leste do Estado. O veículo estava em posse do ex-presidiário Wendel Bastos Cordeiro, de 19 anos. Ainda na manhã do dia 5, a equipe da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap), que desde a sexta-feira tentava localizar o foragido, em parceria com homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), conseguiu informações de que o fugitivo da justiça estava na casa de sua mãe, na rua C-29, no bairro Sílvio Leite.
As equipes comseguiram prender o acusado. As vítimas e o acusado foram encaminhados para a Central de Flagrantes do 5º DP, “porém a ocorrência não foi recebida no local, sob alegação de que não havia flagrante”, informou um policial militar que atendeu a ocorrência. Devido às circunstâncias, o acusado foi levado à sede da Dicap para os procedimentos relativos à recaptura e as vítimas, liberadas.
Diante do fato, a vítima afirmou que foi ouvida pelo delegado de plantão, que não tem dúvidas de que o foragido foi o autor do assalto, entretanto, o Auto de Prisão em Flagrante (APF) não foi confeccionado.
“Eu fui bem tratada pelo delegado, pelos policiais, pela Dicap, registrei o Boletim de Ocorrência (BO), mas não vai dar em nada, eu sei que não adiantou a tentativa de culpá-lo pelo crime de roubo. Na minha frente, ele [Diogo] disse que era inocente, mas eu tenho certeza de que era ele. Foi um flagrante que ficou impune”, declarou.
OUTRO LADO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado e com a assessoria da Polícia Civil, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. (J.B)