O soldado do Giro, F.R., de 29 anos, que estava de folga e impediu um assalto em um posto de combustível, contou com detalhes sobre os momentos de tensão que viveu ao impedir o roubo. O caso ocorreu na noite desse domingo, 12, no bairro Pérola.
O baleado é Allyson Marques dos Santos, de 24 anos, que tem passagem por roubo e está em estado grave no Hospital Geral de Roraima (HGR). O irmão gêmeo dele, o albergado Anderson Marques dos Santos, vulgo “gêmeos feios”, suspeito de participação no crime está foragido.
De acordo com F.R., ele foi até o local e encontrou um amigo de longa data, que trabalha no posto de gasolina, e iniciou uma conversa. “Nós ficamos conversando, quando eu avistei a dupla. Um deles estava usando um moleton, com a mão dentro do bolso e o outro, estava com um boné, quase escondendo o rosto. Eu comentei com o meu amigo que eles iam cometer o assalto e que ia reagir”, explicou.
Ainda conforme o policial, a dupla estava armada com um simulacro de arma de fogo e foram em direção aos frentistas. “Um rendeu o primeiro frentista, que estava dentro de uma sala mexendo no computador, e o outro rendeu o que estava conversando comigo, foi o momento que saquei a minha arma e mandei eles deitarem no chão com a mão na cabeça. Ao invés de obedecerem a ordem, um correu em direção à BR e o outro correu em direção ao bairro”, relembrou.
Durante a fuga, F.R. efetuou dois disparos em direção ao suspeito, que continuou correndo. Um dos tiros atingiu primeiro a mão de Alysson, que continuou fugindo em direção a um terreno baldio e o policial continuou atirando, até atingir o pulmão do infrator.
“Antes dele entrar no terreno baldio, ele jogou a arma. Foi quando eu mandei ele sair do meio do mato, por que se não, eu ia continuar atirando. Ele foi para onde estava claro, consegui fazer a revista pessoal nele e constatar que não tinha nenhuma arma. Momento em que acionei uma guarnição do Giro e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)”, contou.
F.R. continou o relato. “Quando eu fui vericar o armamento que ele estava, constatei que era um simulacro muito semelhante a uma arma de fogo. O cidadão de bem não sabe se é uma arma de fogo ou não. Eles iam humilhar, roubar o dinheiro e celular dos frentistas, que estavam trabalhando de forma honesta. Um deles é albergado, era para está em casa e não cometendo delitos”, disse o policial.
O soldado está na Polícia Militar (PMRR) há 3 anos e foi a primeira vez que vivenciou uma experiência dessa. “Evitar que o cidadão de bem não seja assaltado, foi uma sensação de dever cumprido. É por em prática tudo o que aprendemos no curso de formação”, finalizou.