O Ministério Público de Roraima (MPRR) através do promotor de justiça, Paulo Trindade, denunciou nesta terça-feira, 16, o policial penal Emerson Pereira Pinho, de 39 anos, por homicídio doloso pela morte do agente de saúde Ruyzemar Souza da Cunha, de 38 anos.
O acidente ocorreu no dia 23 de junho, na Avenida Mário Homem de Melo cruzamento com a Rua Silvio Leite, bairro Caimbé. Ruyzemar conduzia uma motocicleta e Denys Agapto de Sousa, 37, estava na garupa quando foram atingidos pelo carro de Emerson, que subiu na contramão e estava bêbado.
De acordo com a denúncia do MPRR, Emerson expôs não somente as vítimas, mas um número indeterminado de pessoas a uma situação provável de dano.
Além do recurso que dificultou a defesa dos ofendidos, ante a violenta colisão contra as vítimas, em alta velocidade, foi totalmente inesperada, pois as vítimas estavam em um veículo em baixa velocidade e realizando o cruzamento da avenida de forma correta, sendo surpreendidos pelo veículo do denunciado que vinha em alta velocidade na contramão, o que reduziu sobremaneira as suas chances de defesa, diz trecho do documento.
Sobre a morte de Ruyzemar, Emerson deverá responder por homicídio doloso e em relação a Denys, por crime de trânsito. Nesse último, a pena prevista é de detenção de seis meses a três anos, multa suspensão ou proibição de obter a permissão ou habilitação para dirigir.
Provada a materialidade do delito e havendo indícios suficientes de autoria, requer o Ministério Público que Vossa Excelência, mande citar o denunciado para responder à acusação, cumprindo todas as prescrições legais, prosseguindo-se até a pronúncia, quando, então, ele será submetido a julgamento no egrégio Tribunal do Júri e perante o qual se espera que seja condenado, finaliza o documento.
Após passar por audiência de custódia, Emerson pagou uma fiança de R$ 15 mil reais e foi liberado. O juiz Thiago Russi Rodrigues suspendeu o direito de dirigir dele, mandou recolher a CNH e o proibiu de frequentar bares e casas, de sair de casa à noite e nos dias de folga, e de se ausentar de Boa Vista sem autorização da Justiça.