Polícia

Postagem nas redes sociais ajuda a recuperar ‘food bike’ furtada

Família desempregada ficou desesperada quando descobriu que a bicicleta customizada para venda de doces havia sido furtada

Uma família que no bairro São Francisco, zona norte, viveu um drama que chegou ao fim na tarde desta terça-feira, 3. O único trabalho é a venda de doces em uma bicicleta customizada (“food bike”), que foi furtada no dia anterior. Somente após o compartilhamento da foto do veículo nas redes sociais um amigo da família conseguiu localizá-lo em posse de um venezuelano, na Avenida Glaycon de Paiva, bairro Mecejana, zona oeste. 

O elemento foi contido por populares e a Força Tática da Polícia Militar efetuou a prisão do suspeito e a bicicleta foi restituída aos proprietários. A vítima, Leda Almeida, disse que há três meses planeja com sua filha e o marido o negócio de venda de doces, por isso compraram a bicicleta e decidiram customizá-la para adaptar o transporte para as vendas.
“No domingo a gente começou a trabalhar com ela, fomos à praça e colocamos lá. Quando a gente se organizou para sair, para comprar material e ver as agendas para participar de eventos, não encontramos mais a bicicleta aqui em casa. Fomos dormir às 3h porque fazemos doce até tarde e ninguém escutou nada”, disse.
A família decidiu postar as fotos nas redes sociais, pedindo que os amigos compartilhassem as informações e obtiveram uma resposta rápida. “Um amigo da minha filha reconheceu a bicicleta pelo compartilhamento e já foi abordando, segurou [o suspeito] e avisou a gente. Fomos lá e avisamos a polícia, que chegou bem rápido”, acrescentou.
O Boletim de Ocorrência foi registrado no 1º Distrito Policial, para onde a bicicleta foi levada após apreensão e prisão do suspeito. “Estamos com a bicicleta, mas ela está faltando uma parte. Vamos ter que sair para correr atrás da parte que está faltando, porque amanhã já temos um evento”, complementou.
A vítima disse que conversou com o venezuelano na delegacia, que disse ter comprado a bicicleta por R$ 80,00 no Terminal de ônibus do Centro. “É uma sensação muito ruim. Eu estou tentando buscar condição de vida, sendo honesta, porque estamos desempregados e tentamos buscar uma condição de melhoria. Minha filha fez curso de doce, houve um investimento de pouco mais de R$ 5 mil e aí simplesmente abrimos a porta e não vimos o nosso bem. Não foi uma simples bicicleta, foi a bicicleta que planejamos e divulgamos há alguns dias, tanto que o retorno nos dois dias que trabalhos foi muito bom”, destacou Leda Almeida.
A mulher também contou que a bicicleta custou um pouco mais caro porque é uma cargueira antiga. “Eu chorei muito. A gente sabia de cada parafuso dela. Nós procuramos cuidar de cada detalhe”, enfatizou. A família trabalha no Complexo Ayrton Senna, nas proximidades da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no Centro. (J.B)