Com o objetivo de apurar fraude e superfaturamento no uso de aproximadamente R$ 4 milhões de origem federal para o combate da COVID-19 no Município de Rorainópolis, a Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje, 5, a operação Contagium.
Policiais Federais cumprem oito mandados de busca e apreensão em Rorainópolis e na capital Boa Vista, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região após manifestação favorável da Procuradoria Regional da República.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação aponta que a suposta organização criminosa contaria com um grupo político e um grupo empresarial.
Dentre os principais suspeitos estão o prefeito do município, Leandro Pereira (Solidariedade) o secretário de saúde e o sócio administrador da empresa beneficiada.
A investigação teve início em novembro de 2020, com o recebimento de denúncia anônima que noticiava o desvio de recursos públicos federais por meio de pagamento de fatura emitida pela empresa beneficiária de dispensa de licitação sem a entrega da mercadoria.
A Controladoria Geral da União verificou, por meio de nota técnica, a existência de vários indícios de cometimentos de crimes na aplicação de R$ 3.999.768,00 no âmbito de um único processo licitatório no ano de 2020, dentre os quais a existência de sobrepreços de quase 40% na proposta vencedora, superfaturamento de preços dos produtos adquiridos e a alteração no contrato social da empresa vencedora às vésperas da contratação. Também consta no inquérito policial o funcionamento de diversas empresas localizadas em mesmo endereço, inclusive sendo uma delas já investigada em outro procedimento.
A licitação teve como objeto a aquisição de EPIs e insumos para atender os pontos de atendimentos de saúde no enfrentamento do covid-19 e as necessidades da secretaria municipal de saúde, postos de saúde e programas de saúde, visando a prevenção da transmissibilidade da covid-19 no município de Rorainópolis.
Os suspeitos são investigados pelos crimes previstos nos artigos 89, 90 e 96 da Lei 8.666/93 art. 1º, I, do Decreto-Lei nº 201/67 e do artigo 2º da Lei 12.850/13.
OUTRO LADO – A FolhaBV entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Rorainópolis e aguarda retorno.
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