Polícia

Prefeitura desmente boato de rapto de crianças em Boa Vista

Informações divulgadas em redes sociais sobre uma suposta van preta que estaria sequestrando crianças passaram a circular e viralizaram, assustando os boa-vistenses nesta quinta-feira (13).

As denúncias eram de que o veículo estaria rondando as ruas da cidade para sequestrar crianças. Algumas postagens, inclusive, afirmavam que já teria acontecido um sequestro no bairro Nova Cidade, zona Oeste, o que não foi confirmado pela Polícia Civil de Roraima (PCRR).

Em boa parte dos áudios e vídeos que a Folha teve acesso, os autores relatam que o carro para em frente às casas, sai um casal ou uma mulher e perguntam se na casa há crianças, pois estão realizando uma pesquisa. Se a idade do menino ou menina não for entre quatro e cinco anos, eles vão embora.

Os boatos sobre supostos sequestradores ganharam forças após o desaparecimento de duas crianças em Manaus (AM) no início de fevereiro. O pequeno Erlon Gabriel, de apenas dois anos, sumiu no último dia 6 enquanto brincava no quintal de casa. Testemunhas disseram à mãe do menino que viram um carro preto descendo lentamente a rua e quando passou em frente à residência da vítima, saiu em alta velocidade.

Já o caso da menina Edilene Cordeiro da Silva, de nove anos, resgatada na noite de ontem (12), no interior do Amazonas, havia desaparecido no dia 1º após sair de casa para comprar frango a pedido da avó. Assim que foi encontrada, a garota narrou que uma mulher a levou para o centro da capital amazonense e depois para o interior, onde passou os últimos dias na casa de um casal, e posteriormente seria levada por pessoas em um carro preto.

Após grande repercussão do caso, a Prefeitura de Boa Vista (PMBV) enviou nota de esclarecimento sobre os boatos de supostos sequestradores que estariam se apresentando em nome do executivo municipal para ter acesso às crianças.

Foi explicado que a abordagem faz parte da pesquisa de “Avaliação de impacto de política pública para a primeira infância em Boa Vista”, feita por uma empresa contratada pela prefeitura e aplicada pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC).

O tempo de duração é de três meses, de janeiro a março deste ano, onde serão visitadas todas as regiões de Boa Vista. Como não se trata de uma equipe de servidores municipais, eles não se apresentaram com identificação nem uniforme da prefeitura, que informou ter reforçado que a empresa atue devidamente identificada para evitar problemas.