Polícia

Presos ligados a facção são transferidos para presídio federal

Eles vão para presídio federal em Rondônia para evitar ações do crime organizado em Roraima

Dez presos ligados ao crime organizado serão transferidos hoje para um presídio federal em Rondônia. Esses presos serão levados para o Instituto de Medicina Legal (IML) e em seguida transportados em uma aeronave para o outro estado.

A transferência é a segunda este mês, a primeira foi feita para outros presídios de dentro do estado e faz parte de ações de apoio do Governo Federal, solicitado pelo Governo de Roraima, para restabelecer a ordem no sistema prisional do Estado.

O pedido da transferência foi embasado em relatórios da inteligência da Sejuc e foram solicitados logo após o massacre ocorrido na Pamc onde 33 detentos foram mortos

Atualmente, 18 presos de Roraima, identificados como líderes de facções criminosas, encontram-se em presídios federais de segurança máxima, submetidos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em outros estados do País.

Penitenciária em Rondônia
Na penitenciária federal de Rondônia estão alguns dos bandidos mais perigosos do Brasil e apesar do presídio não ter registro de maus-tratos, de doenças contagiosas ou de superlotação, é o pesadelo dos criminosos.

Lá o criminoso jamais é chamado pelo apelido. Não tem direito a cigarro, não fala no celular e só tem as algemas abertas depois de se ajoelhar na cela, com as mãos imóveis, para o lado de fora.

São no máximo 13 presos em cada uma das 16 alas. Ao todo, 208 vagas.

Todo preso que entra no Sistema Penitenciário Federal passa por 20 dias de isolamento. O interior da cela é praticamente só concreto, em Porto Velho. Não tem tomada, não entra equipamento eletrônico, não entra televisão, rádio, nada. Os presos não controlam a luz, não controlam também o chuveiro. O único privilégio que dá para dizer que eles têm é uma entrada de luz constante.

Os mais comportados têm quatro horas-extras por semana, em um programa de reinserção social.

As videoconferências com parentes que moram longe também são só para os bem comportados.

O presídio federal não oferece riscos ao interno. É limpo, tem atividades educacionais, mas o preso lá fica longe da família e dos comparsas e acaba desarticulado.