Na tarde desta segunda-feira, 23, familiares dos detentos da Cadeia Pública de São Luiz do Anauá, no Sul do Estado, denunciaram à Folha que desde a sexta-feira, 20 de março, os presos se recusam a aceitar a alimentação servida na unidade.
Em um trecho do abaixo-assinado feito pelos 68 reeducandos disponibilizado por familiares, os detentos reclamam de alimentos azedos, servidos crus e com gosto de inseto, e pedem por uma variação maior da comida, com preferência por uma alimentação mais saudável.
Os presos pedem também por uma alteração do recipiente onde a alimentação é transportada, alterando de alumínio para isopor, pois segundo eles “as nossas marmitas chegam abertas e derramadas”, em razão da forma como elas são transportadas até São Luiz.
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Segundo a prima de um dos presos, Ana de Paula Lima, familiares estão se responsabilizando pela comida. “A gente é que tá levando a comida, arroz, carne, frango. E é a maior burocracia pra gente entrar com comida lá. Isso não é responsabilidade da gente não”, reclamou.
GOVERNO
O Governo do Estado, através da Secretaria de Comunicação, informou que o secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Josué Filho, “entrará em contato com a empresa fornecedora da alimentação desta unidade prisional no sentido de atender a reivindicação dos detentos de forma mais imediata possível”. A nota do Governo ressalta ainda que “não há até o momento, greve de fome, e sim, um documento com assinaturas de 68 detentos da unidade prisional de São Luiz, pedindo melhorias referente à alimentação, incluindo, variedade e mudanças na embalagem”.
