Na noite deste domingo, dia 20, o repositor Francenilton Guedes da Silva, 36, foi morto com duas facadas, uma delas nas costas. O crime aconteceu em um bar na Rua Pedro Aldemar Bantin, antiga S-2, no bairro Sílvio Botelho, zona Oeste. O homicida, Francisco dos Santos Silva, 49 anos, ainda estava no local quando uma viatura do Ronda no Bairro da Polícia Militar fez a prisão.
Por volta das 21h, Francenilton saiu na companhia de um amigo e eles decidiram parar no bar. Assim que chegaram, conforme relato da família, o companheiro esbarrou em um homem que estava sentado em uma mesa, o que gerou uma pequena discussão. No entanto, a vítima retornou e pediu desculpas pelo contato físico do colega.
Depois do fato, sentaram numa mesa por um tempo equivalente a uma hora, quando Francenilton levantou-se para ir ao banheiro e, assim que retornou, foi direto ao balcão do estabelecimento realizar o pagamento da conta, momento em que o Francisco se aproximou e acertou uma facada nas costas da vítima que, antes de cair, ainda teve o segundo golpe desferido na parte das costelas.
Sem chances de reagir e o amigo sem demonstrar reação, um homem que estava chegando ao local e presenciou o crime jogou o capacete que tinha em mãos no criminoso, que se virou e mostrou a faca. Depois de uma discussão, a arma foi jogada e o assassino partiu para agredir o homem que estava inconformado com a ação criminosa.
Os dois caíram e, ainda no chão, o homicida foi imobilizado. Uma viatura da Polícia Militar passava pela rua que dá acesso ao bar e prendeu o homicida. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas Francenilton já havia perdido muito sangue, depois de agonizar por 10 minutos, e não resistiu aos ferimentos.
Francisco foi levado para a Central de Flagrantes do 5o Distrito Policial, onde confessou ter matado a vítima, que não o conhecia. Alegou que havia sido agredido por Francenilton porque não teria respondido onde estava o banheiro, pois ele não sabia.
No final da manhã desta segunda-feira, após exame cadavérico e elaboração do laudo médico para atestar as causas da morte, foi liberado aos familiares para sepultamento.
A irmã da vítima explicou que ele era tranquilo, que não gostava de confusão, por isso pediu desculpas ao suspeito. “Meu irmão era uma pessoa muito calma, não brigava e nem discutia com ninguém porque não era do perfil dele. Quem esbarrou no assassino não foi ele, foi o colega. Mesmo assim, ele retornou para se justificar e, pensando que o homem tinha esquecido, ficou despreocupado”, afirmou.
Os familiares também informaram que a vítima trabalhava como repositor em um supermercado da Capital. “Ele era trabalhador e um excelente pai. Deixou um casal de filhos e a esposa. Isso é muito doloroso porque muita gente ruim está vivendo, enquanto outras pessoas morrem por motivo banal”, ressaltou a irmã.