O caso de homicídio do jovem Márcio Fran Batalha Cidade, de 23 anos, que ocorreu no dia 28 do mês passado, está sendo investigado por agentes da Polícia Civil que atuam no município do Bonfim, região Leste do Estado. Como resultado do trabalho, o retrato falado dos principais suspeitos do crime foi divulgado. O assassinato ocorreu na região da Serra da Lua, na sede da fazendo em que vítima e o casal suspeito trabalhavam.
O retrato falado foi elaborado por peritos do Instituto de Identificação Odílio Cruz (IIOC), com base nas declarações de testemunhas. De acordo com informações prestadas pelo delegado titular de Bonfim, Alberto Alencar, as investigações apontam que a motivação do homicídio teria sido o interesse da mulher pelo celular da vítima.
Segundo relatos colhidos, o casal de origem venezuelana trabalhava em um sítio, como caseiros. No mesmo sítio, Márcio estava trabalhando junto com sua família, na construção de uma cerca.
“Ele e a família estavam alojados em um barracão que não tinha energia. Por isso, todos os dias, Márcio ia à barraca dos venezuelanos para recarregar o celular. Um dia ele voltou e contou para a mãe que a esposa do caseiro estava interessada em comprar seu aparelho de telefone. Dias depois ele saiu, por volta das 14h, para carregar o celular e não voltou mais”, contou o delegado Alberto Alencar.
Márcio desapareceu no dia 28 de novembro e a família fez buscas para localizá-lo. Atraídos pela quantidade de urubus, a família encontrou o corpo dois dias depois (30), em um local próximo ao sítio. A Polícia foi acionada e o corpo desenterrado pela equipe de auxiliares e perito do IML (Instituto de Medicina Legal).
“Foram encontradas mais de 40 perfurações no corpo do jovem. Logo em seguida o casal fugiu”, revelou o delegado.
Durante as buscas, o venezuelano chegou a ajudar a família da vítima a procurá-lo, numa clara tentativa de não se passar por suspeito. No quarto que era usado pelo casal havia marcas de sangue da vítima. O corpo, em avançado estado de decomposição, foi removido para Boa Vista e submetido a exame de necropsia, mas só foi liberado aos familiares para sepultamento dias depois, uma vez que foi preciso fazer o exame de identificação por meio da arcada dentária.
Quem tiver informações que possam levar a Polícia à localização do casal pode denunciar pelo número 181 ou pelo número (95) 98119-9499. A identidade do denunciante será mantida em sigilo. (J.B)