Roraima é o segundo Estado da região Norte com o maior número de autuações por excesso de carga em rodovias federais, apontou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A classificação é justificada pelo flagrante de 293 veículos acima do peso permitido, totalizando quase 2,8 mil toneladas de peso excedente de janeiro até agosto deste ano.
O número de autuações aumentou 37% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 214 notificações. Conforme o agente da PRF, Diohene Lourenço, além de ser uma infração de trânsito, o excesso de peso no transporte rodoviário de cargas também afeta a segurança viária, por meio do desgaste da pavimentação das vias, dos defeitos mecânicos nos veículos transportadores de carga, da lentidão no trânsito e dos acidentes.
“Por isso, a fiscalização do excesso de peso é tão importante. A PRF trabalha com comandos de fiscalização focados em temáticas específicas, mas também fiscaliza no dia a dia com uma equipe operacional. Durante esse ano, já realizamos 61 comandos com essa finalidade e abordamos 571 veículos ao todo”, disse Lourenço.
Ele mencionou que Roraima, nesse ranking, só perde para o Pará, que tem uma malha viária federal superior. “O nosso Estado é muito menor e com menos gente, então os dados são bem alarmantes”, complementou.
Lourenço explicou ainda que a fiscalização de peso é realizada por meio da verificação de notas fiscais, que informam o peso de cada carga, ou por uma balança. Em caso de flagrante, ele afirmou que o excesso é retido e o responsável deverá transferir a carga excedente para outro veículo, além de ser penalizado com uma multa.
Segundo o chefe da delegacia da PRF em Boa Vista, Thiago Barbosa, o foco da fiscalização é na BR 174 em razão do fluxo constante de veículos. Os bitrens e rodotrens são os maiores alvos de flagrantes da corporação, disse o policial.
“Esses veículos têm capacidade para 74 toneladas, mas já flagramos alguns com 98 toneladas e até 127 toneladas. Os tipos de cargas mais comuns que, geralmente, são transportadas em excesso são: ração para peixe, alimentos refrigerados, adubo e materiais de construção”, detalhou.