O bancário roraimense Diego Gomes, de 30 anos, saiu de Boa Vista, em Roraima, para curtir o Rock in Rio 2022 e logo após chegar na Cidade do Rock, teve o celular furtado e começou uma saga em busca do homem que pegou o seu aparelho.
De acordo com Diego, o celular foi furtado na fila do bebedouro por um rapaz acompanhado de uma garota que tirou o celular da mão do bancário, colocou no bolso e sumiu na multidão.
Segundo Diego, durante o tempo que ficou na fila ele conseguiu marcar com detalhes a fisionomia do homem que pegou o telefone. Então procurou o setor de Achados e Perdidos e relatou o furto mas não sentiu que era o suficiente.
— Eu pensei que ele poderia tentar a sorte novamente em outras filas. Então comecei a observar as filas do bebedouro e o encontrei com três meninas uma hora depois — relata Diego. — Essa parte foi a mais chata e frustrante. Eu o reconheci e percebi que ele também me reconheceu quando trocamos olhares. Ele tentou sair de perto de mim e eu senti que tinha que fazer algo.
Nesse momento, Diego relata que o puxou pela camisa e o confrontou pedindo o celular. — Eu não gosto de violência, mas foi um ato necessário — diz.
As amigas que acompanhavam o homem ficaram desesperadas enquanto ele negava que estava com o celular de Diego. Por fim, no meio da confusão, uma das meninas abriu uma pochete vermelha e entregou o aparelho de Diego.
— O tempo todo ele dizia que não sabia como meu celular foi parar ali, sendo que eu vi ele puxando da minha mão. Uma das amigas disse “ele faz isso às vezes”, e eu não entendi nada. Ele parecia estar sob efeitos de drogas.
Nervoso com o ocorrido, Diego ainda está tentando entender o que aconteceu. A inspetora da Polícia Civil, presente no festival, identificou o grupo e chamou Diego para fazer o reconhecimento.
No caminho, a namorada relatou por mensagem que o homem teria ligado para o número dela e informado que estava com o celular e se identificou por WhatsApp.
— Eu ainda estou tentando entender. O cara me furtou e depois ligou para minha namorada para dizer que estava com o celular e que não sabia como o aparelho tinha parado em seu bolso. Eu nem sei mais como configurar essa história.
Durante o depoimento, as amigas do suspeito negaram o furto, mas disseram que já tiveram problemas desse tipo antes, que elas classificaram como “ações com esquecimento”, segundo o Diego.
No fim do depoimento, Diego entrou em um acordo com o suspeito e com amigas. Segundo ele, o homem que pegou o seu celular não era um criminoso, estava sob efeitos de drogas e realmente não se lembrava do ocorrido.
— Estou frustrado. Mas eu fiz minha parte, registrei e relatei os fatos, que nesse caso não levaram a lugar nenhum. Eu acredito, de verdade, que ele não lembra. É uma situação que envolve um jovem inconsequente, não um criminoso. No final eu pedi que ele procurasse ajuda — conta Diego.
Fonte: Agência O Globo